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O secretário de Defesa americano, Donald Rumsfeld, chegou de surpresa a Bagdá nesta quinta-feira para se encontrar com comandantes dos Estados Unidos e avaliar a situação no país árabe, incluindo o destacamento de tropas.

A visita do secretário aconteceu no mesmo dia da ida não-anunciada do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, ao Iraque.

Rumsfeld pousou no aeroporto internacional de Bagdá em um avião cargueiro, após uma passagem pelo Afeganistão. Ele foi recebido pelo comandante americano no país, o general do Exército George Casey.

O governo dos EUA está sob pressão para determinar um prazo para a retirada das tropas americanas do Iraque. O Pentágono já anunciou que o número de soldados no país será reduzido para os 138 mil que estavam no Iraque antes das eleições parlamentares da semana passada.

Rumsfeld afirmou que mais cortes dependerão da avaliação dos comandantes americanos e iraquianos.

Ele disse ainda que o Iraque está entrando em uma nova fase crítica e que deve construir um governo para os próximos quatro anos capaz de equilibrar as necessidades de toda a sociedade iraquiana.

Já Blair disse nesta quinta-feira que a situação no país está diferente daquela verificada um ano atrás e deu indícios de que os soldados britânicos poderiam começar a sair do país árabe dentro de seis meses.

O premier, em sua quarta viagem ao país desde a invasão de 2003 liderada pelos EUA, afirmou que avanços estavam sendo feitos no treinamento das forças de segurança iraquianas.

A capacidade dos iraquianos de garantir sua segurança é fundamental para determinar o futuro dos 8.000 soldados da Grã-Bretanha estacionados no Iraque, a maior parte deles em Basra (Sul).

Questionado sobre se seis meses era um prazo viável para o início da retirada, Blair respondeu, na base de Shaiba, nas proximidades de Basra:

- Se tudo correr conforme o planejado. Esse é nosso plano. Pretendemos diminuir o tamanho de nossas forças. A situação de hoje (no Iraque) é completamente diferente daquela de um ano atrás.

Mas o primeiro-ministro ressaltou que a retirada só acontecerá quando os iraquianos forem capazes de atuar de forma independente na área de segurança.

- Não se deve fixar um cronograma arbitrariamente. É preciso verificar quando a missão estará cumprida - disse.

Blair reuniu-se com comandantes militares da Grã-Bretanha e dos EUA para conversar sobre a situação do Iraque depois das eleições gerais da semana passada.

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