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Ao se recusar a esclarecer a escala de sua presença militar na Síria, a Rússia mantém o Ocidente temendo um considerável acúmulo de forças para ganhar uma posição mais forte como negociador quando as potências mundiais se sentarem para conversar sobre o conflito, disseram diplomatas ocidentais em Moscou.

Essas conversas podem ocorrer ainda este mês, quando o presidente russo, Vladimir Putin, for aos Estados Unidos pela primeira vez em cerca de oito anos para falar na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

A exigência central da Rússia agora é que o seu aliado de longa data, o presidente sírio, Bashar al-Assad, seja incluído nos esforços internacionais para conter os militantes que se denominam Estado Islâmico e controlam grandes extensões de território na Síria.

Autoridades dos EUA disseram na quarta-feira que a Rússia enviou dois navios para desembarque de tanques e mais aviões para a Síria, além de estacionar um pequeno número de forças.

No Líbano, fontes disseram que as forças russas estão tomando parte em combates na Síria, onde Assad está sob crescente pressão dos rebeldes.

“É tudo sobre a Assembleia-Geral”, disse um dos diplomatas, que, como outras fontes, falaram sob condição de anonimato. “Se houver um novo começo real no diálogo entre a Rússia e os Estados Unidos, temos uma situação completamente nova, uma nova condição.”

O governo russo sinalizou várias vezes nas últimas semanas que está interessado em um encontro entre Putin e o presidente dos EUA, Barack Obama, em Nova York. No entanto, a Casa Branca informa não ter conhecimento de nenhuma reunião agendada no momento.

As autoridades russas iriam aproveitar qualquer reunião para mostrar Putin para seu público interno como um pacificador e um parceiro indispensável para os EUA no enfrentamento das crises internacionais, mesmo em um momento de alta tensão sobre a Ucrânia.

“A Rússia está aumentando a pressão, fazendo um jogo de chantagem”, disse o analista de defesa Pavel Felgenhauer, observando que uma proposta de Moscou para uma coalizão anti-Estado Islâmico envolvendo Assad perdeu ímpeto.

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