
Após 10 anos, a Rússia anunciou nesta quinta-feira (16), o fim das suas operações militares, chamada pelo Kremlin de "operação antiterrorismo", na república autônoma da Chechênia, que faz parte da Federação Russa e que tem maioria muçulmana.
"O presidente do comitê e diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB, antiga KGB), Aleksandr Bortnikov, anulou a partir da meia-noite de 16 de abril a ordem que declarava o território da república (da Chechênia) zona de operação antiterrorista", diz uma nota do Comitê Nacional Antiterrorista (CNA), citada pela agência oficial de notícias local Itar-Tass.
O presidente checheno, Ramzan Kadyrov, um aliado de Moscou, disse estar bastante satisfeito com o anúncio do governo russo, que implicará a retirada de cerca de 20 mil de soldados da Rússia, que atuam contra rebeldes separatistas.
"Hoje, a república da Chechênia, como admitem milhares de visitantes, incluindo políticos, homens de negócios, jornalistas e personalidades da cultura, é uma região pacífica e em desenvolvimento", afirmou.
A operação começou em 1999, por determinação do então presidente Boris Yeltsin. Desde então a região tem vivido um ambiente de relativa estabilidade. Em março deste ano, Dmitry Medvedev, atual mandatário, pediu que os serviços de segurança considerassem a hipótese de encerrar a operação, argumentando que a situação na Chechênia havia "avançado bastante para uma estabilização".
A partir de agora, a luta antiterrorista na Chechênia será feita de acordo com as mesmas normas que regem nas demais partes da Federação Russa.



