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A Rússia justificou nesta quarta-feira (18) a ofensiva pró-russa contra Debaltsevo, abandonada hoje pelas tropas ucranianas, dizendo que o cessar-fogo que entrou em vigor no domingo não envolvia essa estratégica cidade da região de Donetsk.

"A linha real do cessar-fogo passa fora dos limites de Debaltsevo, já que essa zona está controlada pelos rebeldes", disse Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, em entrevista coletiva. Lavrov voltou a insistir, como fez ontem à noite em Budapeste o presidente, Vladimir Putin, que as milícias insurgentes tinham sitiado as forças governamentais e lamentou as tentativas de Kiev de romper o cerco.

Além disso, o ministro lembrou que Putin sugeriu durante a cúpula de Minsk de 11 e 12 de fevereiro abordar a situação em Debaltsevo, com o argumento de que era a maior ameaça ao cessar-fogo no leste da Ucrânia. "Era preciso fazer todo o possível para que essa gente (os soldados ucranianos) pudesse abandonar o cerco de maneira digna, abandonando, claro, o armamento pesado", disse Lavrov.

No entanto, acrescentou o ministro, "Poroshenko disse que esse problema não existe, que não há nenhum cerco" em Debaltsevo, cruzamento de caminhos entre as principais fortificações pró-Rússia de Donetsk e Lugansk. "Nossos esforços (...) não prosperaram. E aconteceu o que aconteceu: chegou meia-noite do sábado para domingo e o cerco era um fato, como nós tínhamos dito", ressaltou Lavrov.

Com relação a isso, Putin pediu ontem a Kiev que ordene a retirada de suas tropas de Debaltsevo, cidade que era defendida por milhares de soldados governamentais. "Certamente, perder sempre é ruim. Sempre é uma desgraça para o perdedor, especialmente se perde perante os que até ontem eram mineiros. Mas a vida é a vida, segue e acho que não faz sentido seguir dando voltas nisso", disse o presidente russo

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