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Homem tira fotografia de cartaz em São Petersburgo, com imagens de soldados russos de hoje e da época da Segunda Guerra Mundial, junto com as letras latinas V e Z, que identificam as tropas do país
Homem tira fotografia de cartaz em São Petersburgo, com imagens de soldados russos de hoje e da época da Segunda Guerra Mundial, junto com as letras latinas V e Z, que identificam as tropas do país| Foto: EFE/EPA/ANATOLY MALTSEV

A restauração das relações entre a Rússia e o Ocidente, que estão em seus níveis mais baixos devido à campanha militar russa, de acordo com Moscou, na Ucrânia, será um processo longo e difícil, afirmou nesta segunda-feira (25) o vice-ministro das Relações Exteriores, Yevgeny Ivanov.

“A saída desta crise dependerá do desenvolvimento futuro dos acontecimentos, mas qualquer que seja o novo cenário, a restauração das relações diplomáticas com o Ocidente ao nível que havia antes será algo, digamos, complicado e prolongado no tempo”, disse Ivanov, segundo a agência de notícias russa Interfax.

De acordo com o vice-ministro, em todo caso, “a maioria dos países do mundo, incluindo Estados como China, Índia e Brasil”, não deu as costas a Moscou porque “entende perfeitamente” os objetivos perseguidos pela Rússia na Ucrânia.

Sobre as conturbadas relações bilaterais com os Estados Unidos, Ivanov pediu que sejam criadas “condições” para a continuidade do trabalho das representações russas porque, caso contrário, Moscou tomará medidas contra as instituições americanas na Rússia.

O embaixador russo em Washington, Anatoly Antonov, denunciou anteriormente que sua missão diplomática está sendo “bloqueada” pelo governo dos Estados Unidos, que não estaria permitindo contatos de “alto nível” entre funcionários.

Por essa razão, acrescentou, os diplomatas russos estão tendo dificuldades em transmitir mensagens de Moscou a altos funcionários do governo americano.

Antonov disse que as representações russas nos EUA também sofreram atos de vandalismo, mas destacou que os agentes americanos responsáveis pela segurança das embaixadas estão ajudando a garantir seu funcionamento.

Somente neste ano, mais de 420 funcionários diplomáticos russos foram expulsos de diferentes países, a maioria deles após o início da campanha militar russa, segundo Moscou, na Ucrânia em 24 de fevereiro.

Este é o maior número de expulsões em mais de 20 anos, já que entre 2000 e 2021 um total de 418 funcionários de diferentes missões diplomáticas russas foi declarado “persona non grata”.

A Rússia responde às expulsões com medidas “simétricas” e anunciou nesta segunda-feira que declarou 40 funcionários diplomáticos alemães “persona non grata” em retaliação a uma medida semelhante adotada por Berlim no último dia 4.

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