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Teste nuclear da operação Crossroads dos EUA no arquipélago de Bikini em 1946
Teste nuclear da operação Crossroads dos EUA no arquipélago de Bikini em 1946| Foto: Departamento de Defesa dos EUA / Wiki Commons

A Rússia realizou com sucesso o teste de um míssil balístico intercontinental, o Bulava, lançado neste domingo (5) por seu novo submarino nuclear estratégico, o Imperator Alexander III, conforme informou o Ministério da Defesa russo.

O míssil foi lançado do Mar Branco, na costa norte da Rússia, e atingiu um alvo a 5.500 km de distância, na península de Kamchatka, no Extremo Oriente do país.

Em comunicado, o Ministério da Defesa russo afirmou que “o disparo de um míssil balístico é o elemento final dos testes estatais, após os quais será tomada a decisão de aceitar o cruzador na Marinha”.

O Imperator Alexander III é o sétimo submarino nuclear do projeto russo 955 Borei (Vento Ártico) e o quarto da moderna variante Borei-A, segundo fontes russas.

Na OTAN, eles são conhecidos como Dolgoruky, depois que o primeiro submarino dessa classe, o Yuri Dolgoruky, inaugurou a nova geração de submarinos nucleares lançados pela Rússia desde a Guerra Fria.

Cada submarino Borei-A pode carregar até 16 mísseis Bulava, com 12 metros de comprimento e um alcance de cerca de 8.000 km cada. A Federação de Cientistas Americanos afirma que os mísseis Bulava foram projetados para transportar até seis ogivas nucleares de até 150 quilotons.

Se detonada, a carga total de um único submarino seria equivalente a 960 explosões da bomba que devastou Hiroshima, a primeira ogiva nuclear a ser utilizada em uma guerra, em 1945.

Semana de testes atômicos

O lançamento russo foi o primeiro bem-sucedido de uma série de testes que quatro dos cinco países com arsenal atômico que compõem o Conselho de Segurança da ONU planejaram para o início de novembro.

Os EUA inauguraram os testes e fracassaram ao lançar o míssil Minuteman-3 que foi disparado de silos terrestres na base de Vandenberg, na Califórnia, na quarta-feira (1º). O míssil precisou ser destruído sobre o oceano após uma falha em seu sistema de guiagem.

É esperado que a China também faça um teste neste domingo, ainda que haja menos detalhes, conforme noticiado pelo jornal Folha de S. Paulo. O país é pouco transparente a respeito dos lançamentos que realiza, o que gera especulações.

Americanos e russos, por outro lado, até mesmo para evitar mal entendidos, costumam divulgar os detalhes de seus testes.

A França deverá testar um míssil nuclear, que será lançado no oceano Atlântico a partir de um de seus submarinos de propulsão atômica na quarta-feira (8). Das potências atômicas que têm assento no Conselho de Segurança, apenas o Reino Unido não realizará testes nesta semana.

Israel, Índia, Paquistão e Coreia do Norte notoriamente possuem armas nucleares, embora não tenham assento permanente no Conselho.

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