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A Rússia proibiu a importação de vegetais crus da União Europeia nesta quinta-feira por causa do surto mortal de E.coli centralizado na Alemanha, um gesto classificado como "desproporcional" por Bruxelas.

Autoridades de saúde alemãs disseram que as infecções, que mataram 17 pessoas e fizeram mais de 1.500 adoecer em oito países europeus, podem durar meses e que sua fonte precisa pode nunca ser descoberta.

A Rússia já havia banido os vegetais da Alemanha e da Espanha por conta do surto, pelo qual as autoridades alemãs no início culparam os pepinos contaminados importados da Espanha antes de traçar o caminho do surto e se desculpar a Madri.

Gennady Onishchenko, chefe da agência de proteção do consumidor russa, a Rospotrebnadzor, disse que as mortes causadas pelo surto "demonstram que a tão elogiada legislação sanitária da Europa, que a Rússia está sendo exortada a adotar, não funciona", relatou a agência de notícias Interfax.

A nova proibição entra em vigor na manhã desta quinta-feira, disse ele, desencadeando o protesto imediato da União Europeia.

A Espanha ameaça entrar com uma ação como reação à crise, e quer compensação para seus fazendeiros, que dizer ter perdido vendas que estão lhes custando 200 milhões de euros por semana e podem deixar 70 mil pessoas sem trabalho.

A Comissão Europeia disse estar analisando o que pode fazer a respeito do impacto sobre os produtores.

Reinhard Burger, chefe da agência alemã de controle de doenças Robert Koch Institute (RKI), admitiu que a fonte exata do surto da doença pode nunca ser encontrada.

"Ainda não há indicação de uma fonte definível", afirmou Burger a um comitê parlamentar na quarta-feira, acrescentando ser muito cedo para dizer que se chegou a um patamar de novos casos.

A RKI relatou 365 novos casos de E.coli na quarta-feira e disse que um quarto deles envolve uma complicação de um tipo de E.coli conhecido como E.coli produtor de toxina Shiga (STEC na sigla em inglês), que implica risco de vida .

As autoridades não forneceram cifras atualizadas nesta quinta-feira, um feriado na Alemanha, mas parte da mídia relatou no final da quarta-feira que um 17 paciente morreu.

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