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Sem acordo

Rússia promete responder “à altura” ofensiva ucraniana

Ministro acusa Kiev e os EUA de distorcerem acordo para encerrar crise e adverte que ações violentas serão encaradas como ataque a Moscou

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A Rússia acusou Kiev e os Es­­tados Unidos de distorcerem o acordo fechado em Genebra na semana passada para acabar com a crise na Ucrânia e de ignorarem o que diz serem provocações de nacionalistas ucranianos. O governo russo advertiu ainda que qualquer ataque aos russos residentes na Ucrânia será considerado um ataque contra Moscou.

INFOGRÁFICO: Leste ucraniano abriga cidades onde estão ocorrendo levantes pró-Russia

O ministro das Relações Ex­­teriores, Serguei Lavrov re­­lembrou as tensões entre Rús­­sia e Geórgia, em 2008, e disse que o país pretende responder à altura caso as operações militares de Kiev contra rebeldes pró-Rússia no leste ucraniano sejam violentas.

"Se os nossos interesses forem atacados diretamente eu não vejo outra maneira de responder em conformidade com o direito internacional", disse Lavrov, sem especificar como seria a resposta a Kiev. "O ataque aos cidadãos russos é um ataque contra a Federação Russa", afirmou.

Em comunicado, o Mi­­nis­­tério das Relações Exteriores disse que Moscou está "extremamente surpresa pela interpretação distorcida [do acordo] das autoridades de Kiev e de seus parceiros norte-americanos". Foram enfatizadas as divergências sobre como o acordo acertado entre Rússia, Ucrânia, EUA e União Europeia deveria ser implementado e por quem.

O comunicado informa que, enquanto o acordo pede que grupos ilegais armados se desarmem, "Kiev e Washington, assim como várias capitais europeias, continuam a insistir somente na necessidade de os cidadãos ucranianos protegerem seus direitos de se desarmar no sudeste do país" – uma referência aos separatistas pró-Rússia.

Pacto

Alegando que a Rússia não cumpriu a sua parte no acordo internacional para aliviar a tensão na Ucrânia, os Estados Unidos disseram que só vão esperar mais "alguns dias" para que o pacto seja implementado, podendo impor novas sanções aos russos.

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