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Antiterror

Governo garante ter expulsado separatistas armados no leste

Reuters

O Ministério do Interior da Ucrânia informou ontem que, como parte de uma operação "antiterrorismo", expulsou separatistas armados de uma cidade que estava sob controle deles no leste do país.

O ministério disse que a operação aconteceu nos arredores da cidade de Sviatogorsk e que ninguém ficou ferido. Não havia relatos anteriores de homens armados na cidade, que é vizinha de Slaviansk, um reduto de militantes pró-russos.

"Durante a operação antiterrorismo das forças especiais, a cidade foi libertada", disse o ministério em comunicado divulgado em seu site na internet. "Atualmente, Sviatogorsk e seus arredores estão sendo patrulhadas pela polícia", acrescenta.

O governo ucraniano formalmente encerrou uma trégua de Páscoa e está relançando a "fase ativa" de uma "operação antiterrorismo" para eliminar grupos armados de separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.

"As forças de segurança estão trabalhando na liquidação dos grupos armados ilegais no leste da Ucrânia", disse o vice-premiê Vitaly Yarema.

A Rússia acusou Kiev e os Es­­tados Unidos de distorcerem o acordo fechado em Genebra na semana passada para acabar com a crise na Ucrânia e de ignorarem o que diz serem provocações de nacionalistas ucranianos. O governo russo advertiu ainda que qualquer ataque aos russos residentes na Ucrânia será considerado um ataque contra Moscou.

INFOGRÁFICO: Leste ucraniano abriga cidades onde estão ocorrendo levantes pró-Russia

O ministro das Relações Ex­­teriores, Serguei Lavrov re­­lembrou as tensões entre Rús­­sia e Geórgia, em 2008, e disse que o país pretende responder à altura caso as operações militares de Kiev contra rebeldes pró-Rússia no leste ucraniano sejam violentas.

"Se os nossos interesses forem atacados diretamente eu não vejo outra maneira de responder em conformidade com o direito internacional", disse Lavrov, sem especificar como seria a resposta a Kiev. "O ataque aos cidadãos russos é um ataque contra a Federação Russa", afirmou.

Em comunicado, o Mi­­nis­­tério das Relações Exteriores disse que Moscou está "extremamente surpresa pela interpretação distorcida [do acordo] das autoridades de Kiev e de seus parceiros norte-americanos". Foram enfatizadas as divergências sobre como o acordo acertado entre Rússia, Ucrânia, EUA e União Europeia deveria ser implementado e por quem.

O comunicado informa que, enquanto o acordo pede que grupos ilegais armados se desarmem, "Kiev e Washington, assim como várias capitais europeias, continuam a insistir somente na necessidade de os cidadãos ucranianos protegerem seus direitos de se desarmar no sudeste do país" – uma referência aos separatistas pró-Rússia.

Pacto

Alegando que a Rússia não cumpriu a sua parte no acordo internacional para aliviar a tensão na Ucrânia, os Estados Unidos disseram que só vão esperar mais "alguns dias" para que o pacto seja implementado, podendo impor novas sanções aos russos.

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