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O presidente russo, Vladimir Putin, discursando na Praça Vermelha em Moscou, em 2020.
O presidente russo, Vladimir Putin, discursando na Praça Vermelha em Moscou, em 2020.| Foto: EFE/EPA/SERGEY GUNEEV

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta segunda-feira um decreto que restringe a concessão de vistos a países que são considerados não amistosos da União Europeia (UE), assim como de Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein.

As medidas de represália adotadas pelo Kremlin afetarão as delegações oficiais e jornalistas, segundo comunicado.

O decreto presidencial ordena a suspensão parcial do acordo de simplificação de vistos, assinado com a UE em 25 de maio de 2006.

Dessa forma, fica restrita a expedição de vistos múltiplos por um ano para delegações oficiais e jornalistas, e vistos múltiplos válidos por cinco anos para os membros de governos nacionais e regionais, parlamentos e tribunais.

A partir de agora, os diplomatas dos países citados já não podem entrar no território russo sem visto.

Além disso, foi reintroduzida a necessidade de pagamento pela expedição de vistos para as delegações oficiais, membros de governos e parlamentos.

Putin também ordenou que o Ministério das Relações Exteriores russo imponha "restrições pessoais" aos estrangeiros que tenham realizado "ações não amistosas" contra o país, seus cidadãos e pessoas jurídicas.

Na semana passada, o chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, indicou que Moscou está elaborando um documento para impor restrições de vistos aos cidadãos de "países não amistosos", em represália por medidas similares adotadas contra Moscou.

"Acredito que esse passo ampliará as ferramentas para influenciar em várias categorias de cidadãos estrangeiros. Em primeiro lugar, contra os que estejam envolvidos em crimes contra cidadãos russos no exterior", indicou o ministro das Relações Exteriores.

"Em segundo lugar, os que cometam injustamente uma perseguição jurídica contra nossa gente. E, finalmente, os que tomam decisões não razoáveis que violam os direitos e interesses legítimos dos cidadãos e organizações da Federação Russa", completou Lavrov.

A União Europeia aprovou o primeiro de vários pacotes contra Moscou, em 23 de fevereiro, depois de Putin reconheceu a independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, na região do Donbas.

Hoje, o Executivo do bloco comunitário anunciou que estão sendo preparadas novas sanções contra o Kremlin, devido as "atrocidades" cometidas pelas tropas russas.

No último dia 8, o governo da Rússia divulgou uma lista de países e territórios pouco amistosos, que conta com Estados Unidos e Canadá, todos os integrantes da União Europeia, além de Reino Unido, Ucrânia, Montenegro, Suíça, Albânia, Andorra, Islândia, Liechtenstein, Mônaco, Noruega, San Marino, Macedônia do Norte, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Micronésia, Nova Zelândia, Singapura e Taiwan.

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