Retirada
Russos adiam saída da Geórgia
A zona-tampão que a Rússia pretende manter em território da Geórgia terá dois postos de controle na principal rodovia do país. A decisão, se confirmada, significará uma ingerência direta na vida econômica da Geórgia, pois a rodovia é a única rota de ligação entre a capital, Tbilisi, no leste, e o litoral do mar Negro, a oeste. Ela é também usada no comércio de países da Ásia Central sem saída marítima.
O acordo proposto pela França para pôr fim ao conflito entre a Rússia e a Geórgia, na semana passada, previa que os russos poderiam ocupar uma zona-tampão de dez quilômetros ao longo da divisa da Geórgia com a separatista Ossétia do Sul, invadido por tropas georgianas em 7 de agosto. Em resposta, a Rússia invadiu a Geórgia.
Folhapress, em São Paulo
Bruxelas e Moscou - A Rússia informou oficialmente a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que suspendeu sua cooperação com a aliança militar, disse a porta-voz da Otan. O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse ontem que a Rússia não pretende "bater a porta" na cara da Otan, mas a aliança precisa escolher entre a parceria com a Rússia ou o apoio à Geórgia.
"Tudo depende das prioridades da Otan," disse Lavrov, no balneário russo de Sochi, no Mar Negro.
"Nós recebemos a notificação dos russos por canais militares e eles dizem que decidiram suspender a cooperação militar entre a Rússia e os países da Otan, até segunda ordem," disse a porta-voz da Otan, Carmen Romero, a partir do quartel-general da aliança em Bruxelas.
O secretário-geral da Otan, general Jaap Scheffer, disse na terça-feira que a organização não poderia ter uma relação normal com a Rússia, enquanto Moscou mantivesse tropas na Geórgia.
Lavrov também disse que a Rússia considerará uma possível venda de armas à Síria, o que, no passado, provocou tensões com Israel e os Estados Unidos. Há alguns anos, a Rússia vendeu armas à Síria, inclusive um moderno sistema de defesa antiaérea. Lavrov disse que Moscou considerará a venda de novas armas à Síria, mas não especificou quais. Ele fez a declaração após um encontro entre o presidente da Síria, Bashar al-Assad, e o presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, no balneário de Sochi.
Segundo a agência russa Itar-Tass, Lavrov disse que a Rússia está pronta a vender armas à Síria que "tenham uma característica defensiva e que não interfiram no caráter estratégico da região (Oriente Médio)."
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