Saída de ministros aprofunda crise no governo de Boris Johnson

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Os ministros britânicos da Economia, Rishi Sunak, e Saúde, Sajid Javid, anunciaram suas renúncias nesta terça-feira (5), após perderem a confiança na liderança do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.

A saída desses dois nomes de peso enfraquece a posição de Johnson, assolada por múltiplos escândalos (em especial o do Partygate), e indicam que novas renúncias poderiam fazer o governo cair.

Na carta de demissão, Sunak diz que o Ministério da Economia pode ter sido o seu último “trabalho ministerial”, mas que para ele é mais importante lutar por bons padrões de conduta.

“O público espera, com razão, que o governo seja conduzido de forma adequada, competente e séria”, o que não seria o caso atualmente, argumentou.

Sunak diz ter sido “leal” e publicamente apoiador do líder conservador, mesmo quando discordou dele “em privado” e tentou apoiar as prioridades de Johnson com o orçamento.

Contudo, segundo a carta, Johnson não estava disposto a tomar “decisões difíceis” sobre a economia e isto os levou a discordar na abordagem, ao ponto de Sunak renunciar.

Javid disse que não pode, “em boa consciência, continuar a servir neste governo”. “Sou um jogador de equipe por instinto, mas o povo britânico espera, com razão, integridade no governo”, declarou.

O ministro da Saúde observa que os problemas que o Partido Conservador enfrenta “não serão resolvidos sob a liderança de Johnson”, razão pela qual ele “perdeu a confiança” no premiê.