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“Este passo é destinado a apoiar os esforços de formação de um governo de consenso nacional [...] que restaure a unidade da pátria.” Salam Fayyad, primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), em sua carta de renúncia | Abbas Momani/AFP
“Este passo é destinado a apoiar os esforços de formação de um governo de consenso nacional [...] que restaure a unidade da pátria.” Salam Fayyad, primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), em sua carta de renúncia| Foto: Abbas Momani/AFP

O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Salam Fayyad, apresentou ontem a carta de renúncia para preparar o terreno à criação de um governo de união nacional entre os grupos rivais palestinos do Hamas e o Fatah.

O premier afirma que renúncia ajudará na formação de uma unidade no governo palestino, entre os dois grupos rivais. A carta de renúncia, entregue ao presidente da ANP, Mahmoud Abbas, "entrará em efeito imediatamente depois da formação do governo nacional de consenso e, em qualquer caso, no máximo no fim deste mês", afirmou o escritório de Fayyad, em comunicado.

"Este passo é destinado a apoiar os esforços de formação de um governo de consenso nacional [...] que restaure a unidade da pátria", informa a nota.

A prioridade de Fayyad é "agilizar" a criação de um gabinete que reconcilie Fatah e Hamas, os dois principais grupos radicais palestinos, em conflito desde a tomada da Faixa de Gaza, em junho de 2007.

O Executivo deveria atuar de forma transitória, até a realização de eleições presidencial e legislativa simultâneas antes de janeiro de 2010.

Segundo a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), o ainda primeiro-ministro busca, assim, "fazer pressão sobre as diferentes facções palestinas", para que alcancem um acordo, e sobre a comunidade internacional, com o objetivo de incrementar seu apoio político e econômico.

Economista respeitado, Fayyad foi designado primeiro-ministro por Abbas em junho de 2007, após a dissolução do breve governo de união nacional quando da expulsão de Gaza de suas forças de segurança leais pelos homens do Hamas. O premier é considerado um tecnocrata eficaz fortemente apoiado pela comunidade internacional.

O Hamas e o Fatah enviaram ontem uma lista de representantes dos dois grupos para discutir uma possível união no governo. Os dois grupos iniciarão, na próxima terça-feira, no Cairo (Egito), uma série de reuniões intensivas em comitês para fechar um acordo sobre governo, segurança, eleições, reconciliação e reforma da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

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