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Genebra – O estudo do banco UBS divulgado ontem, que têm unidades em todos os continentes, avalia 14 profissões e mostra que a média salarial é de US$ 5,60 por hora trabalhada em São Paulo, contra US$ 4,20 no Rio. O pagamento é maior que os US$ 2,00 de salários em Pequim e dos US$ 1,40 de Nova Délhi. Mas a renda gerada por essas profissões no Brasil está longe dos salários de US$ 26,90 por hora em Copenhague ou US$ 25,20 em Genebra.

Enquanto um professor primário ganha o equivalente a US$ 6,4 mil em São Paulo por ano, em Zurique a mesma profissão gera US$ 72,1 mil ao professor por ano, mesmo com uma diferença de tempo de trabalho. "Os salários nos países emergentes ainda são uma fração dos que são pagos nas nações industrializadas", afirma o estudo.

Um motorista de ônibus recebe anualmente US$ 5,9 mil em São Paulo, contra US$ 47 mil em Nova Iorque. Um pedreiro em uma obra na capital paulista ganha em média US$ 4 mil por ano, menos de 10% do que ganharia se trabalhasse numa obra em Nova Iorque.

As diferenças são um pouco menores para profissões que exigem maior qualificação. Um engenheiro ganha em média em São Paulo US$ 27 mil por ano, contra US$ 85 mil em Nova Iorque. Já um gerente de produto na capital tem um salário médio de US$ 24 mil – 20% do que ganha alguém na mesma posição em Genebra.

São Paulo aparece na 43.ª posição no que se refere aos níveis de salários, abaixo de Johannesburgo, Istambul ou Seul. Já o Rio de Janeiro, na 50.ª posição, tem salários mais baixos que Varsóvia, Moscou ou Budapeste. Os maiores salários são pagos nos países escandinavos, nas cidades suíças e americanas.

A média mundial é de que um trabalhador necessite de 35 minutos de seu trabalho para comprar um sanduíche Big Mac, segundo o UBS. Mas as diferenças são gigantescas entre os países pobres e ricos.

Em Nairóbi, no Quênia, são necessários 90 minutos de um salário para comprar um Big Mac. Nos Estados Unidos, com apenas 13 minutos de trabalho pode-se comprar o sanduíche. Já em São Paulo são necessários 38 minutos, acima da média mundial. No Rio de Janeiro, o produto custa quase uma hora do salário de um trabalhador.

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