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O número de civis mortos no Iraque saltou para quase dois mil em maio, o maior saldo mensal desde que as forças dos Estados Unidos lançaram em fevereiro uma forte ofensiva, de acordo com dados divulgados no sábado.

Militantes explodiram uma ponte estratégica que liga Bagdá às cidades de Kirkuk e Arbil, ao norte, e uma barragem de morteiros no enclave sunita de Fadhil matou dez pessoas e deixou trinta feridos, de acordo com a polícia.

Em Arbil, a capital da região autônoma do Curdistão, o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, e Masoud Barzani, presidente do Curdistão, pediram à Turquia que não enviasse tropas para a região para deter os rebeldes separatistas que podem estar escondidos ali. Uma autoridade do Ministério do Interior, que não quis ser identificado porque não estava autorizado a divulgar os números, disse que 1.944 civis foram mortos em maio, um aumento de 29 por cento em relação a abril. Outros 174 soldados e policiais foram mortos no mesmo período.

O saldo de mortos se baseou em estatísticas compiladas pelos ministérios da Interior, da Defesa e da Saúde do Iraque. Depois de três meses de queda, houve um aumento significativo no número de assassinatos em Badgá. Os ataques de morteiro na capital estão se tornando mais letais e os atentados com carros-bomba continuam comuns.

Pelo menos vinte pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em dois ataques de morteiros em bairros xiitas e sunitas em Bagdá nas últimas 48 horas.

A polícia, que registrou menos de dez assassinatos sectários nas primeiras semanas da operação de segurança, agora registram cerca de 30 ou mais destas ocorrências.

Os comandantes militares norte-americanos dizem tratar-se de um pico, não uma tendência, e que o impacto total da operação não será conhecido durante vários meses.

A Organização das Nações Unidas criticou o governo iraquiano pela recusa em revelar o número de civis mortos.

O governo de Maliki acusou a missão da ONU no Iraque de exagerar o saldo de mortos pela violência sectária entre os muçulmanos xiitas e a minoria de árabes sunitas, e impediu as autoridades iraquianas de divulgar dados.

A missão da ONU anunciou em janeiro que 34.452 foram mortos e mais de 36 mil ficaram feridos em 2006. Estes números são muito superiores aos dados divulgados pelas autoridades do governo iraquiano.

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