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Quiosques da Praia Central de Guaratuba não têm autorização para funcionar | Carlos Ohara/Gazeta do Povo
Quiosques da Praia Central de Guaratuba não têm autorização para funcionar| Foto: Carlos Ohara/Gazeta do Povo

Mãe de Madeleine é oficialmente declarada suspeita

A polícia portuguesa declarou oficialmente nesta sexta-feira (7) que Kate McCann é suspeita no caso do desaparecimento de sua filha Madeleine, em 3 de maio, em Portugal. A informação foi divulgada pela rede britânica "BBC", que ligou a declaração da polícia às manchas de sangue encontradas no carro alugado pelo casal na época do sumiço da filha.

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Análises de sangue não são 100% conclusivas, diz diretor da polícia

o diretor da polícia judicial portuguesa (PJ), Alipio Ribeiro, contestou a afirmação, alegando que as análises dos vestígios de sangue não permitem afirmar com certeza que são da criança.

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A Polícia portuguesa tem evidências de que o sangue encontrado no porta-malas do automóvel dos pais de Madeleine pertence à menina britânica desaparecida, asseguraram nesta segunda-feira (10) uma rede de televisão de Portugal e a britânica "Sky News".

Embora não haja informações oficiais sobre as análises dos restos de sangue, realizadas em um laboratório do Reino Unido, fontes da polícia ouvidas pela rede de TV "SIC Notícias" e pela britânica "SKY" afirmaram que parte das amostras pertence à menina, "sem sombra de dúvida".

Os resultados das análises que até agora tinham vazado à imprensa revelavam uma possibilidade alta, mas não inequívoca de o sangue pertencer a Madeleine, e faziam a Polícia suspeitar de que o corpo da menina havia passado pelo automóvel alugado pelos pais, Kate e Gerry McCann, 25 dias depois de seu desaparecimento.

Madeleine, de 4 anos, desapareceu em 3 de maio último na Praia da Luz, região do Algarve (sul de Portugal), e a Polícia local, após meses sem resultados claros no caso, declarou suspeitos seus pais na sexta-feira passada, após longos interrogatórios.

Nos depoimentos à Polícia, Kate e Gerry negaram qualquer relação com uma suposta morte acidental da filha.

Os investigadores anunciaram nesta segunda-feira (10) o envio dos resultados de suas diligências ao promotor que deverá tomar as próximas decisões sobre o destino do casal McCann.

Kate e Gerry, que tinham expressado intenção de permanecer em Portugal e "limpar seus nomes", retornaram neste domingo (9) ao Reino Unido, mas podem ser chamados para depor, e inclusive serem alvo de uma ordem de prisão preventiva, se a Justiça portuguesa considerar irrefutáveis as provas que pesam sobre o casal.

Promotor

A polícia portuguesa comunicou nesta segunda-feira (10) que vai encaminhar a um promotor público evidências contra os pais da menina britânica Madeleine McCann, de 4 anos, desaparecida desde 3 de maio último. O promotor decidirá se os pais serão ou não acusados de algum crime.

Gerry e Kate McCann voltaram à Grã-Bretanha no domingo, mas estão dispostos a regressar a Portugal para novos interrogatórios, segundo uma parente. Na semana passada, a polícia identificou os dois como suspeitos.

A família da menina rejeitou na segunda-feira (1) as acusações e pediu à polícia portuguesa que continue procurando Madeleine. Eles ainda consultaram o advogado que trabalhou para o ex-ditador chileno Augusto Pinochet.

Philomena McCann, tia da menina, disse que a família está convencida de que Madeleine ainda está viva.

"Os portugueses viraram esta investigação de cabeça para baixo e não estão mais procurando uma menina viva; eles estão pressupondo, com base em evidências espúrias, que Madeleine agora está morta", declarou a tia à BBC. "Não concordamos com isso de forma alguma. Queremos que a investigação mude para buscar Madeleine viva, como achamos que ela está." O casal consultou advogados na Grã-Bretanha depois de a polícia ter declarado que eles são formalmente considerados suspeitos. Gerry e Kate foram ouvidos durante várias horas na semana passada, mas não foram indiciados.

A polícia mudou a linha de investigação depois de receber resultados parciais de perícias em vários locais, como o apartamento de veraneio no Algarve de onde a menina sumiu em 3 de maio.

Kate McCann disse ao jornal Sunday Mirror que foi pressionada a confessar a morte acidental da filha. "Querem que eu minta, estão armando contra mim. Estão basicamente dizendo (que) se confessar que Madeleine sofreu um acidente e que eu entrei em pânico, receberia pena de dois ou três anos. Isso é ridículo, o pior pesadelo."

Buscas continuam

Assim que chegaram à Grã-Bretanha, os McCann disseram que não abandonarão a busca pela criança. "Como pais, não podemos abandonar nossa filha até sabermos o que aconteceu", disse o pai em tom emocionado, ao chegar ao aeroporto de East Midlands (centro da Inglaterra), enquanto ele e a esposa seguravam os filhos gêmeos.

A ministra do Interior britânica, Jacqui Smith, se mostrou satisfeita com a investigação da polícia Judiciária de Portugal sobre o desaparecimento da menina Madeleine McCann, frente à opinião negativa de Kate e Gerry McCann a esse respeito.

"Tenho certeza de que a polícia portuguesa tem o objetivo de resolver este crime e, o que é mais importante, encontrar Madeleine. E isso é o que nós, em apoio aos McCann, estamos tentando fazer também", disse Smith neste domingo (9) à rede britânica "BBC".

"Esta é uma situação difícil e há uma investigação em andamento, mas tenho certeza de que compartilhamos (com as autoridades portuguesas) o objetivo de encontrar Madeleine", disse a ministra. Além disso, a ministra indicou que o Governo britânico continuará prestando à polícia portuguesa toda a ajuda necessária para encontrar Madeleine.

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