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O presidente da França, Nicolas Sarkozy, admitiu neste fim de semana que o G-8, grupo dos países ricos, "está obsoleto e hoje é impossível resolver a crise econômica mundial sem a China, o Brasil e outras nações emergentes".

Apesar de reconhecer o peso dos países em desenvolvimento, os países ricos ainda hesitam em dar recursos para a luta contra a pobreza.

"Se a crise financeira não for bem administrada, se tornará amanhã uma crise humanitária", alertou o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki Moon." Instabilidade política e tensão social vão aumentar.

Os alertas foram feitos durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Financiamento do Desenvolvimento, neste fim de semana, em Doha (Catar).

"Achamos que o formato do G-8 foi útil há algum tempo, mas hoje é obsoleto", disse Sarkozy.

Ele ainda apelou para uma reforma das instituições de Bretton Woods, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). "Os países em desenvolvimento precisam ter um papel mais importante dentro do FMI."

Durante a conferência, o emir do Catar, Hamad Bin Khalifa al-Thani, alertou que os países ricos "não têm direito de ditar o que outros devem fazer".

O presidente francês foi um dos líderes que impulsionou a realização da cúpula do G-20 em Washington, há 15 dias. Mas o que era para ser a reforma do sistema financeiro internacional apenas deu os primeiros passos para solucionar a crise.

A participação dos países emergentes no Banco Mundial ou no FMI também não foi estabelecida. Falando especialmente para ministros de países em desenvolvimento, Sarkozy defendeu uma maior representação da África no Conselho de Segurança da ONU. A reforma é debatida há 15 anos e o Brasil se apresenta como candidato.

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