Cerimônia ecumênica na Catedral de Notre Dame, em Paris, homenageou nesta quarta-feira (3) as vítimas do voo 477 da Air France, desaparecido sobre o Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo quando ia de São Paulo a Paris.
A cerimônia foi assistida por parentes e amigos dos passageiros, além de funcionários da Air France e autoridades políticas. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a primeira-dama, Carla Bruni, participaram da cerimônia. O premiê da França, François Fillon, e o ex-presidente Jacques Chirac também compareceram.
Uma mensagem do papa Bento 16 foi lida durante a cerimônia. "O santo padre expressa suas condolências aos familiares... e está espiritualmente com todos aqueles afetados pelo drama", disse o arcebispo de Paris, André Vingt-Troisa, no início de sua homilia.
O papa já havia prestado solidariedade às vítimas em um telegrama na segunda-feira, algumas horas depois da tragédia.
Para lembrar as 228 possíveis vítimas do voo AF 447, o mesmo número de velas foi aceso na catedral.
Fabrice Monteiro, irmão de um dos passageiros do Airbus A330 da companhia francesa, considerou a cerimônia inoportuna. "Esta cerimônia é completamente prematura, uma vez que ainda não temos respostas concretas. As famílias não têm tempo de fazer um luto interno", disse à rede de tevê i-Télé.
Mais cedo, foi realizada uma cerimônia na Grande Mesquita de Paris. "Se forem cristãos, muçulmanos, judeus ou de qualquer outra religião presente na França, nós queremos expressar nosso apoio à dor das famílias, ao seu sofrimento", disse a jornalistas o líder da Grande Mesquita, Dalil Boubakeur.
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