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O candidato conservador Nicolas Sarkozy conquistou uma brilhante vitória para a direita no segundo turno das eleições presidenciais contra a socialista Ségolène Royal, diz a imprensa francesa.

Enquanto parte dos jornais elogia a vitória de Sarkozy, os de tendência esquerdista advertem sobre a nova etapa aberta no país e pedem uma refundação da esquerda.

"Brilhante vitória", diz em sua capa o conservador "Le Figaro".

Em seu editorial, o jornal assinala que a eleição de Sarkozy "marcará de forma duradoura a história do país", tanto pelo alto nível de participação como pela grande diferença conseguida pelo candidato conservador, a maior desde os tempos de Charles de Gaulle.

Para o esquerdista "Libération", o triunfo de Sarkozy é recebido como "Duro" e representa uma clara mudança à direita do país, marcando um triunfo "incontestável", mas sem ser "humilhante" para Royal.

Em seu editorial, o jornal assegura que a França optou pelas "autênticas idéias" da direita e não as do "astuto" Jacques Chirac, que "'ziguezagueavam' sem parar e enganavam sua gente".

O "Libération" assegura que o futuro presidente poderá aplicar o "liberalismo conservador", enquanto pergunta se Sarkozy é uma "Margaret Thatcher sem saia".

O popular "Le Parisien" contrapõe o "alvoroço" dos simpatizantes de Sarkozy com as "lágrimas" dos partidários de Royal, mostrando a "festa" dos vencedores e os "incidentes" provocados por alguns inconformistas.

"Para Sarkozy o triunfo é total. Primeiro porque desde Valéry Giscard d'Estaing, em 1974, um candidato não chegava ao Palácio do Eliseu em sua primeira tentativa. Depois, porque Sarkozy alcançou uma trajetória sem erros", afirma.

O católico "La Croix" aponta para a clareza da vitória de Sarkozy, afirmando que "sua energia e sua vontade convenceram e que suas promessas de pôr o país para trabalhar, de relançar a economia e de regular a imigração seduziram".

"Uma nova política se abre na França", indica o jornal, que assinala que "ao mostrar um desejo de renovação ideológica, Nicolas Sarkozy conseguiu envelhecer com uma rapidez espetacular a imagem do 'chiraquismo'".

Para o comunista "L'Humanité", "a direita dura entra no Palácio do Eliseu", o que representa "uma catástrofe para os trabalhadores e os jovens", e "um grande fracasso para a esquerda".

O jornal pede que as Legislativas do próximo mês sirvam para "as forças progressistas se recuperarem".

A maioria das publicações assegura que François Fillon será o novo primeiro-ministro, mas a afirmação mais contundente vem do jornal "Le Figaro", que assinala que não há dúvidas sobre sua nomeação.

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