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Paris – O presidente francês Nicolas Sarkozy solicitou à sua ministra do Interior, Michèle Alliot-Marie, um estudo sobre a implantação de câmeras no serviço de transporte público, a exemplo do que faz o Reino Unido, para atuar no combate ao terrorismo. Sarkozy diz estar impressionado pela eficácia da polícia britânica, que realizou prisões de suspeitos de atos terroristas nos últimos dias, graças ao seu extenso sistema de vigilância. Entidades francesas de direitos humanos e liberdades civis não aprovaram a idéia e já se manifestaram. Em informe publicado ontem, a Comissão Nacional de Informática e Liberdade disse que a "sociedade da vigilância ameaça" a proteção de dados pessoais e as liberdades individuais. Londres é a cidade mais vigiada do mundo, com cerca de 1,2 milhão de câmeras CCTV (das iniciais em inglês para televisão de circuito fechado) nas ruas. A coisa se repete em todo o Reino Unido, país que possui uma câmera para cada 14 habitantes. Mas, para especialistas, o aumento da segurança, fruto da "guerra ao terrorismo", tem gerado violações aos direitos fundamentais.

Em relatório lançado no final de 2006, a ONG Privacy International apontou que o Reino Unido é o pior país europeu em termos de proteção da privacidade individual, sofrendo de "vigilância endêmica". "O Reino Unido certamente está tomando um caminho perigoso no que tange às liberdades civis", acha o professor Gus Losein, especialista em direitos civis da London School of Economics.

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