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Em uma tentativa de dar uma resposta à opinião pública sobre os riscos de usinas nucleares e frear o fortalecimento da resistência contra a energia atômica na França, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, propôs a adoção de novas regras mundiais para a segurança nuclear. Ele sugeriu que em maio o G-20 negocie novos padrões a serem adotados até o fim deste ano.

O desastre nuclear no Japão trouxe à tona outra vez o debate sobre o uso da energia. Ontem, Tóquio anunciou que pode rever a construção de mais 14 usinas e desativará a central de Fukushima. Enquanto isso, a Alemanha deu a entender que as sete usinas nucleares já fechadas temporariamente no país poderão ser desativadas definitivamente. Na Suíça, uma carta-bomba explodiu na sede da empresa nuclear do país.

Sarkozy tornou-se ontem o primeiro líder internacional a visitar Tóquio depois da tragédia que atingiu o Japão no dia 11. Para ambientalistas, porém, a proposta de Sarkozy seria uma forma de distrair a atenção e evitar que a onda contrária à energia nuclear ganhe terreno depois do desastre.

Durante a visita, o presidente francês insistiu que não está na hora de o mundo repensar o uso da energia nuclear. "Precisamos ter sangue frio", disse. Para ele, o que faltam são normas internacionais sobre a segurança das usinas. "O problema é mais estabelecer normas de segurança que começar a falar da necessidade de fazermos escolhas. Não há alternativa (para a energia nuclear) no momento." Atualmente, a França conta com 58 reatores e 75% da eletricidade do país vem da energia nuclear.

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