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A companhia de satélites egípcia Nilesat retomou as transmissões do canal árabe de notícias Al-Jazira, que provocou a ira das autoridades durante os protestos contra o governo, informaram nesta quarta-feira telespectadores da emissora, sediada no Catar.

A Nilesat interrompeu a transmissão da Al-Jazira no dia 1.º de fevereiro, aproximadamente no mesmo horário em que os simpatizantes do presidente egípcio, Hosni Mubarak, começavam a se manifestar em favor do governo e atacavam as pessoas que participavam dos protestos na praça Tahrir, no centro do Cairo.

Autoridades egípcias acusaram a Al-Jazira de incitar os egípcios contra o governo e exagerar o tamanho dos protestos, que em alguns dias já atraíram mais de 1 milhão de pessoas em todo o país.

Os manifestantes têm apoiado a emissora e criticado a mídia estatal, que permanece sob controle do ministro das Informações, Anas el-Fiki.

Durante uma reunião com os editores de jornais locais na terça-feira, o vice-presidente Omar Suleiman disse que canais de satélite não-egípcios haviam "insultado e menosprezado o Egito".

Ao ser indagado sobre seus planos para a mídia estatal, Suleiman disse que seu papel era alcançar todos os egípcios, não apenas os manifestantes, "para que eles (as massas) saibam que o regime ainda pode cumprir seu papel".

Os egípcios realizaram um de seus maiores protestos na terça-feira ao insistir na renúncia imediata de Mubarak, ignorando um plano do governo para transferir o poder.

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