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Havana – A evolução do estado de saúde de Fidel Castro converteu-se em "segredo de Estado", de acordo com o comunicado assinado por ele mesmo, lido parcialmente na terça-feira à noite pela tevê estatal e cuja íntegra foi divulgada ontem pelo jornal oficial Granma.

"Não posso inventar notícias boas, pois não seria ético. E se as notícias fossem más, o único que iria tirar proveito delas seria o inimigo", diz a nota do Granma, assinada por Fidel, que passou por cirurgia devido a uma hemorragia no intestino.

"Na situação específica de Cuba, por causa dos planos do império (EUA), meu estado se converte em segredo de Estado, que não pode ser divulgado constantemente."

Essas frases abrem a mensagem na qual Fidel, que completa 80 anos no dia 13, se diz com "bom ânimo" e em situação "estável".

Empenhados em cumprir as ordens do líder, os meios de comunicação cubanos evitaram ontem dar informações sobre a saúde de Fidel e se limitaram a ressaltar a tranqüilidade das ruas de Cuba e a elogiar a escolha do irmão dele como sucessor.

O presidente do Parlamento cubano, Ricardo Alarcón, declarou à rádio norte-americana Democracy Now que se reuniu com Fidel na terça-feira por meia hora. De acordo com Alarcón – um dos membros do Partido Comunista mais ligados ao líder cubano –, Fidel está "perfeitamente consciente". A informação, no entanto, pode ser falsa.

"Encontrei-me com ele na segunda-feira antes do anúncio (de que entregava provisoriamente o poder a seu irmão Raúl Castro depois da operação) e hoje (terça-feira)", afirmou Alarcón, desmentindo rumores que circularam na Flórida, segundo os quais Fidel já teria morrido.

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