"Se Obama fosse venezuelano votaria nele e vice-versa", diz Chávez

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "votaria em Chávez" nas eleições gerais venezuelanas do próximo domingo se fosse venezuelano, afirmou Hugo Chávez em uma entrevista divulgada neste domingo (30) pela imprensa local, na qual ele assegura que faria o mesmo se fosse americano.

Após evidenciar o desejo de que seu comentário não causasse nenhum "dano" à campanha eleitoral do presidente americano, Chávez voltou a dizer que se Obama fosse de Barlavento ou de um bairro de Caracas ele votaria em Chávez. "Tenho certeza disso", acrescentou o presidente Venezuelano.

Segundo Chávez, se ele fosse um cidadão americano ele também "votaria em Obama", que, inclusive, foi considerado um "bom tipo" pelo presidente venezuelano.

Nesta mesma entrevista, Chávez também agradeceu Obama por seu recente comentário sobre o presidente venezuelano, o qual dizia que ele não representava "nenhuma ameaça aos interesses dos Estados Unidos", um fato que foi duramente criticado pelo candidato republicano Mitt Romney.

"O que foi dito por Obama foi algo muito racional e justo, mas não é algo partilhado pela extrema direita dos Estados Unidos", ressaltou Chavéz. "É uma coisa verdadeiramente irracional que pretende chegar à Casa Branca", declarou Chávez em alusão ao republicano Romney.

O governante venezuelano também lembrou que em uma recente conversa com o ex-presidente americano Jimmy Carter ele expressou que lamentava que suas gestões governamentais não tivessem coincido no tempo, já que, caso contrário, "alguma coisa boa eles teriam feito pelo mundo".

Nesse sentido, Chávez expressou seu desejo de que Obama consiga sua reeleição, assim como ele nas eleições venezuelanas do próximo dia 7 de outubro. Segundo o presidente venezuelano, ambos poderiam normalizar as relações entre seus países, atualmente desprovidas de embaixadores, embora não interrompidas.

"Após nosso triunfo e do provável triunfo dele sobre a extrema direita, poderíamos dar início a um novo período de relacionamento normal com o governo dos Estados Unidos", afirmou Chávez, que ressaltou que já transmitiu essa sua intenção pessoalmente a Obama e também a sua secretária de Estado, Hillary Clinton.

"Sempre disse isso a Obama e à senhora Clinton: (conseguir) pelo menos o nível do relacionamento que tínhamos com seu marido, o ex-presidente Bill Clinton", completou Chávez.