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Até 3 milhões de afegãos estão ameaçados de fome, subnutrição e doenças depois que uma grave seca destruiu plantações, enquanto um inverno extremo ameaça interromper o acesso à ajuda alimentar que tem sido vital para a população, alertou um grupo de agências de ajuda humanitária nesta sexta-feira.

Os preços de alimentos quase dobraram desde o final do ano passado, e as famílias estão sendo obrigadas a pular refeições, pegar dinheiro emprestado ou migrar. O acesso à ajuda humanitária, que tem salvado muitas vidas, está em risco diante da intensa neve que , em algumas semanas, deve bloquear as ruas e pode provocar avalanches.

"Moradores dos vilarejos estão nos dizendo que este ano a seca destruiu tudo. Seus estoques de alimentos já estão baixos, e eles estão preocupados com a sobrevivência nos próximos meses", disse o diretor da Oxfam no país, Manohar Shenoy, em comunicado.

"O tempo está se esgotando para levar às comunidades a ajuda de que precisam desesperadamente antes que o inverno torne muitas áreas inacessíveis. A neve já está caindo e muitas áreas montanhosas terão o acesso interrompido nas próximas semanas."

O inverno rigoroso do Afeganistão, durante novembro e março, muitas vezes provoca neve intensa de até 4 metros de altura, bloqueando a passagem para montanhas remotas e deixando centenas de milhares de vilarejos isolados durante meses.

Apesar de 14 das 34 províncias do Afeganistão terem sido atingidas pela seca, em outubro, um pedido emergencial da ONU de 142 milhões de dólares em ajuda resultou em apenas 7% desse valor em financiamento pelos doadores internacionais.

Os grupos de ajuda humanitária alertaram que se a comunidade internacional não responder e os estoques de ajuda não forem armazenados nas áreas afetadas nas próximas semanas, crianças correm o risco de morrer.

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