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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu nesta quinta-feira (22) que o governo sírio permita que o grupo de inspetores da organização que está em Damasco investigue rapidamente um suposto ataque com armas químicas realizado nas proximidades na capital um dia antes, que teria matado mais de 1.300 pessoas, segundo a oposição.

O porta-voz da ONU Eduardo del Buey disse que Ban continua "profundamente perturbado" com o suposto ataque nos subúrbios a leste de Damasco na quarta-feira e acredita na necessidade de uma investigação "sem demora".

O governo de Bashar Assad nega a autoria do ataque e diz que as acusações são "absolutamente sem sentido".

Del Buey disse que o secretário-geral "achou positiva" a reunião do Conselho de Segurança na quarta-feira, que apoiou seu pedido inicial por uma "investigação ampla, imparcial e imediata". Ele disse que Ban está em contado com líderes mundiais desde quarta-feira e enviou a chefe de desarmamento da ONU, Angela Kane, para Damasco para pressionar a realização de uma investigação.

Sob os termos de um acordo que a Síria negociou com Kane e o chefe os inspetores de armas Ake Sellstrom, em julho, a ONU pode investigar três incidentes anteriores de supostos ataques químicos. O grupo deve investigar um suposto ataque com armas químicas que aconteceu em 19 de março na vila de Khan al Assal, nas proximidades de Alepo, que foi tomada pelos rebeldes no mês passado.

Governo e rebeldes acusam-se mutuamente pelo ataque. Os locais dos dois outros incidentes a serem investigados são mantidos em segredo por razões de segurança.

Mais de 35 países assinaram uma carta para o secretário-geral na quarta-feira, exigindo que especialistas iniciem "uma investigação urgente...o mais imediata possível" também sobre o incidente de quarta-feira.

Segundo Del Buey, Ban enviou um pedido formal para o governo sírio conceder a permissão e o acesso do grupo de inspetores à área de Ghouta. "Ele espera receber uma resposta positiva sem demora", afirmou o porta-voz.

O secretário-geral reiterou seu pedido para a imediata interrupção das hostilidades para que a ajuda humanitária possa ser levada à área onde ocorreu o mais recente incidente, disse Del Buey.

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