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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, apelou nesta sexta-feira ao presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, que aceite um acordo rápido para formar um novo governo. Assim, "ele deixaria um legado positivo", segundo Ban.

O chefe da ONU afirmou que pressionou Mugabe pessoalmente, durante conversas particulares "muito tensas", há duas semanas, em Doha. Ban pediu a Mugabe que aceite o acordo de divisão de poder acertado no dia 15 de setembro com o líder de oposição Morgan Tsvangirai.

Em uma entrevista coletiva em Genebra, quando perguntado se apóia os pedidos de vários líderes mundiais para que Mugabe renuncie, o secretário-geral respondeu: "Eu pedi a ele com a maior ênfase que podia para que honrasse seu compromisso, como líder político e como presidente do Zimbábue, de deixar o gabinete com um legado positivo", disse.

"Como nos aproximamos do fim do ano, ele realmente deveria pensar no futuro de seu país e de seu povo, que tem sofrido muito e há muito tempo com o tumulto político, agora somado a várias tragédias humanitárias. Eu estou apelando isso a ele mais uma vez".

Líderes ocidentais e alguns africanos pediram a Mugabe que renuncie ao cargo. Além da crise política, o Zimbábue está mergulhado em um colapso econômico e enfrenta uma epidemia de cólera.

Mugabe disse na quinta-feira que a epidemia, que já infectou 16.700 pessoas e matou 792 desde agosto, está sob controle.

Mas Ban disse que os relatórios que recebeu da Organização Mundial de Saúde e de outras agências humanitárias da ONU são "alarmantes".

"Por isso, eu não posso concordar que esta epidemia de cólera tenha acabado. Vamos continuar a monitorar e tentar ajudar essas pessoas", disse Ban.

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