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O secretário americano de Defesa, Leon Panetta, pediu nesta terça-feira à China que amplie suas relações militares com os Estados Unidos a fim de reduzir o risco de um confronto, num momento de escalada de uma disputa territorial entre a China e o Japão, importante aliado dos EUA na região.

O secretário, em sua primeira viagem a Pequim desde que assumiu o cargo, admitiu divergências entre China e EUA a respeito da segurança marítima no leste da Ásia, e disse que uma melhoria nas relações iria "promover a paz, a estabilidade e a segurança em toda a região Ásia-Pacífico".

Panetta e o ministro chinês da Defesa, Liang Guanglie, disseram ter tido uma conversa franca sobre questões complexas, inclusive as vendas de armas dos EUA a Taiwan, a mudança no foco estratégico dos EUA para a Ásia-Pacífico, a segurança cibernética e a disputa territorial entre Pequim e Tóquio.

Vários protestos ocorreram nos últimos dias na China por causa da disputa territorial, tendo como alvos missões diplomáticas e filiais de companhias japonesas. Na terça-feira, completam-se 81 anos do início da ocupação japonesa em parte da China continental.

"A respeito dessas atuais tensões, estamos pedindo calma e moderação a todos os lados, e os encorajamos a manter canais abertos de comunicação a fim de resolver essas disputas diplomaticamente e pacificamente", disse Panetta.

Pequim e Tóquio disputam um grupo de ilhas desabitadas no mar do Leste da China, numa região com reservas potencialmente enormes de gás. A China, que chama as ilhas de Diaoyu, diz reivindicá-las desde a dinastia Ming.

O ministro chinês disse que o governo japonês causou a atual escalada do conflito ao anunciar na semana passada que nacionalizaria as ilhas - chamadas por Tóquio de Senkaku -, comprando-as de seu proprietário particular japonês.

Na entrevista coletiva, o ministro chinês disse que seu país "se reserva ao direito de tomar mais medidas", mas que "naturalmente, tendo dito isto, ainda esperamos uma solução pacífica e negociada para essa questão".

A visita de três dias de Panetta à China é parte de um esforço para reforçar as relações entre os militares dos dois países, de modo a evitar os contatos apenas intermitentes do passado.

Panetta deve se reunir com o vice-presidente Xi Jinping, cotado para assumir a presidência no ano que vem.

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