A segurança marítima e a estabilidade regional foram as prioridades da cúpula da Ásia Oriental, que encerrou neste sábado (18) na Indonésia com a participação de 18 países e a presença, pela primeiravez, de um presidente americano.
A disputa territorial no mar da China Meridional dominou parte dos debates da ilha indonésia de Bali. Os participantes responderam aos focos de tensão com uma declaração dirigida a promover iniciativas conciliatórias e pacíficas nas disputas regionais.
Brunei, China, Filipinas, Malásia, Taiwan e Vietnã reivindicam a soberania total ou parcial das ilhas Spratly, ricas em gás e petróleo, e Pequim e Hanói disputam as ilhas Paracel.
O mar da China Meridional tem uma importância estratégica por ser o principal de uma região marítima e pesqueira. A cúpula conseguiu evitar que o debate caísse em uma competição geoestratégica entre a China e os Estados Unidos e alcançou um consenso sobre o sistema das resoluções pacíficas.
Os participantes aprovaram outra declaração com a incumbência de aumentar a cooperação nas áreas de finanças, energia, educação, saúde e resposta aos desastres naturais.
O documento pretende promover a colaboração entre os países-membros desse fórum, que nasceu em 2005, formado pela Austrália, China, Coreia do Sul, Índia, Japão, Nova Zelândia, Estados Unidos, Rússia e os dez da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
A Asean, fundada em 1967, reúne Mianmar, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.
"A ideia é melhorar a resposta aos diferentes desafios, como desastres naturais e a segurança alimentar", declarou o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, em seu discurso de encerramento.
A novidade desta 6ª cúpula foi a participação do presidente americano, Barack Obama, e de uma representação da Rússia, medida aprovada no ano passado para incorporar os dois países ao grupo.
A próxima cúpula da Ásia Oriental ocorrerá no ano de 2012 no Camboja, país que recebeu nesta edição em Bali a Presidência rotativa da Asean.



