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Seis italianos foram mortos a tiros na cidade alemã de Duisburg, na quarta-feira de manhã, em meio a um enfrentamento entre grupos mafiosos.

O ministro do Interior da Itália, Giuliano Amato, disse que o incidente parecia ser o capítulo mais recente de uma antiga disputa entre duas famílias de mafiosos da região da Calábria, sul da Itália, onde atua o grupo N'Drangheta.

A polícia da cidade localizada no noroeste da Alemanha afirmou que suas investigações "apontavam para essa direção".

Os disparos ocorreram perto de um restaurante italiano chamado Da Bruno, afirmou um porta-voz da polícia. As vítimas, que receberam tiros na cabeça, tinham entre 16 e 39 anos de idade.

Segundo os investigadores, o violento ataque ocorrido em um país estrangeiro era sem precedentes. A polícia teme que parentes das vítimas, obedecendo à tradição da vendeta, respondam às mortes de forma igualmente violenta.

"Estamos tentando evitar que uma tragédia semelhante ocorra (na Calábria)", disse Amato em uma entrevista coletiva.

As vítimas, todas vindas daquela região italiana, pertenciam a um dos dois clãs rivais baseados na cidade de San Luca.

O antigo conflito eclodiu em 1991 e ganhou novas proporções nos últimos oito meses. No total, 15 pessoas já foram mortas.

A N'Drangheta tornou-se maior que sua contraparte siciliana mais famosa, a Cosa Nostra, e isso devido à lealdade entre os clãs, unidos por relações de parentesco e casamentos arranjados. Hoje em dia, a N'Drangheta é o principal grupo criminoso envolvido com o tráfico de drogas na Itália.

"Esse ataque tinha por objetivo mostrar poder. Não é apenas o clã que se fortalece, mas a N'Drangheta como um todo", afirmou Alberto Cisterna, um promotor italiano envolvido no combate a grupos mafiosos. "Isso mostra uma força, uma capacidade de intimidação muito preocupante."

Investigadores da Itália, que trabalham com a polícia alemã no caso, disseram que a N'Drangheta possui uma forte presença na Alemanha.

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