O jornal mais antigo da Venezuela, o "El Impulso", não será mais publicado a partir da semana que vem por falta de papel.
"A partir de segunda-feira, 15 de setembro, e por um tempo que esperamos que seja o mais curto possível, a voz do povo do Estado de Lara deixará de acompanhar seu café da manhã", escreveu o conselho editorial do jornal regional El Impulso nesta quarta-feira.
"Os obstáculos que enfrentamos para conseguir papel, que está acabando, representam apenas um episódio em uma série de difíceis adversidades inerentes à séria situação econômica do país", disse o jornal de 110 anos.
A falta de dólares norte-americanos causada por controles severos da moeda, atrasos de importação e a burocracia estão afetando os negócios e serviços por todo o país.
Algumas publicações regionais pequenas venezuelanas tiveram que parar a produção, enquanto os principais jornais cortaram seus números de páginas.
Ainda nesse setor, três grandes grupos de mídia foram vendidos desde o ano passado em acordos não divulgados ao público.
Críticos de oposição dizem que as medidas do governo socialista são destinadas a calar a imprensa.
Simpatizantes do governo argumentam que a mídia privada sempre se aliou à oposição, apontando que normalmente atacava de forma virulenta o falecido presidente Hugo Chávez, tendo inclusive apoiado um breve golpe contra ele em 2002.
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