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O sem-teto que matou uma estudante numa escola de nível médio no estado americano do Colorado na quarta-feira e em seguida se matou conhecia os nomes das seis alunas que manteve como reféns, segundo a mídia americana, atribuindo a informação ao chefe de polícia do condado de Park, a que pertence a cidade de Bailey.

Duane Morrison, que tinha 53 anos, possuía uma lista com nomes de alunas, mas o xerife de Park não soube dizer se na lista estavam nomes de reféns. É possível que ele tenha feito pesquisas sobre as vítimas usando comunidades online.

O assassino pretendia se matar, independentemente da reação da polícia durante o seqüestro na escola, pois um parente recebeu um bilhete de despedida de Morrison.

A polícia descobriu também que a adolescente de 16 anos morta por Bailey enviou mensagem de texto à sua família antes de seu assassinato, dizendo-lhes simplesmente: "Eu amo vocês".

Emily Keyes enviou a mensagem, usando um celular que ganhara em seu 16º aniversário, durante as mais de três horas em que foi mantida refém na escola Platte Canyon. ( Veja imagens do pânico )

O atirador de 53 anos, que segundo a polícia abusou sexualmente de algumas das seis garotas que manteve reféns antes de libertar quatro delas, atirou depois em Emily, que morreria no hospital, antes de usar a arma para se suicidar quando a polícia invadiu o prédio.

A sexta garota saiu ilesa em meio ao confronto entre Morrison e a polícia. O incidente atraiu comparações com os assassinatos de Columbine em 1999 que aconteceu a 50 Km dali. Na época, dois alunos da escola Columbine mataram 13 pessoas, feriram 21 e cometeram suicídio em Littleton.

O xerife de Park County, Fred Wegener, disse a repórteres que a intenção de praticar abuso sexual pode ter sido o motivo da tomada das reféns pelo sem-teto . Aparentemente, o agressor se aproximou de um estudante no dia do ataque e lhe perguntou sobre uma lista de garotas da escola, informou o xerife.

Wegener acrescentou que os detetives tentam descobrir se um rifle encontrado nos arredores pertencem a Morrison, um sem-teto que tem histórico de pequenos crimes e que vivia em um surrado jipe amarelo, encontrado estacionado perto da escola depois do tiroteio.

O crime abalou a pequena Bailey, no Colorado, uma comunidade de menos de 5.000 pessoas. As aulas foram canceladas pelo resto da semana.

Wegener, que conhece a família da garota assassinada, defendeu sua decisão de invadir a escola, afirmando que Morrison estabeleceu um prazo para que a polícia se afastasse e afirmou ter uma bomba numa mochila que carregava. Nenhum explosivo foi encontrado.

- Eu fiz tudo que podia para garantir a segurança daquelas pessoas? Sim, eu fiz - disse Wegener. - Eu vou me arrepender o resto da minha vida pelo fato de Emily ter morrido? Vocês podem apostar que sim. O que vocês fariam em meu lugar? - acrescentou.

Wegener se recusou a especificar sobre o abuso sexual das reféns, mas afirmou mais cedo que as informações de que as garotas estavam sendo molestadas também o motivaram a agir rapidamente.

Durante as negociações, segundo o xerife, o homem fez poucas exigências além de dizer à polícia "Me deixem em paz" e "Saiam daqui".

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