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Para Bush, saída do Iraque seria "devastadora"

Ao marcar o quarto aniversário da guerra no Iraque, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, advertiu os norte-americanos na segunda-feira que uma retirada precipitada das tropas teria consequências devastadoras para a segurança dos EUA

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Uma comissão do Senado americano aprovou nesta quinta-feira a lei que destina um fundo para financiar a guerra no Iraque e que inclui um calendário de retirada das tropas, com data limite de março de 2008.

A comissão de orçamento do Senado aprovou por aclamação um pacote orçamentário de mais de US$ 120 bilhões, aproveitando a ocasião para pedir que a retirada das tropas do Iraque comece em quatro meses e que a maior parte dos soldados seja retirada até 31 de março de 2008.

A aprovação acontece na semana em que se comemoram os quatro anos da guerra e dias após discurso do presidente americano, George W. Bush, que afirmou ser muito cedo para a retirada dos exército do Iraque.

- Quatro anos após o início da guerra, a luta é dura, mas pode ser vencida. Ela será vencida se tivermos a coragem e a determinação para concluí-la. Pode ser tentador olhar para os desafios e concluir que nossa melhor opção é fazer as malas e ir embora. Isso pode ser satisfatório no curto prazo, mas acredito que as consequências para a segurança americana seriam devastadora - disse o presidente segunda-feira.

A defesa de Bush tinha motivação clara. Sob a ameaça de um veto do presidente, a Câmara dos Deputados começou a debater nesta quinta-feira o projeto orçamentário que condiciona a liberação de quase 100 bilhões de dólares para guerras à retirada das tropas norte-americanas de combate do Iraque até 1º de setembro de 2008. A votação deve ocorrer na sexta-feira.

- O projeto que estão considerando tem chance zero de ser sancionado em lei. É uma lei ruim, o presidente vai vetá-la, e o Congresso vai sustentar esse veto - disse o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow.

Mas líderes democratas continuam atrás dos 218 votos necessários para aprovar o projeto na Câmara.

- Não seremos mais uma mera chancela para uma política fracassada que já nos custou muito em sangue e tesouro - disse o líder da maioria, o democrata Steny Hoyer, antes do debate.

Os deputados republicanos devem se opor ao projeto, por discordarem da imposição de prazos e outras condições para a liberação de verbas para as guerras do Iraque e do Afeganistão.

- Esse é só o round inicial de vários meses de discussões - afirmou o líder republicano, John Boehner, prevendo que afinal o Congresso vai liberar o dinheiro incondicionalmente.

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