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O Senado uruguaio, com o apoio do governo, aprovou a eliminação da prescrição de violações aos direitos humanos cometidas durante a ditadura de 1973 a 1985, o que pode abrir caminho para novos julgamentos contra militares da reserva. Em votação na terça-feira, a governista Frente Ampla impôs sua vontade, por 16 votos a 15. O projeto seria votado ainda ontem à noite na Câmara dos Deputados.

A Corte Interamericana de Direitos Humanos pediu ao Uruguai que retirasse travas judiciais para julgar militares da ditadura.

O senador governista Eduardo Lorier disse que também ficou decidido que os delitos de lesa humanidade não prescrevem, mesmo que a Suprema Corte do país tenha determinado anteriormente que eles são crimes comuns. A oposição afirma que o texto aprovado entra em conflito com a chamada lei de caducidade, de 1986, e afirma que ele extrapola a Constituição, já que a anistia foi referendada em plebiscitos no país em 1989 e 2009, amparados na Carta.

Em maio, a Frente Ampla não conseguiu eliminar a lei de caducidade, ao não obter votos suficientes para isso na Câmara dos Deputados. Os militares prometem apresentar denúncias contra ex-membros da guerrilha tupamaro, que teve entre seus in­­te­­grantes o atual presidente, José Mujica. No Uruguai, de­­sa­­pareceram cerca de 30 pessoas na ditadura.

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