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A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, fala ao lado do presidente Joe Biden sobre a aprovação do plano de infraestruturas pelo Senado americano, 10 de agosto
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, fala ao lado do presidente Joe Biden sobre a aprovação do plano de infraestruturas pelo Senado americano, 10 de agosto| Foto: EFE/EPA/Oliver Contreras / POOL

O Senado dos Estados Unidos, com apertada maioria democrata, aprovou nesta terça-feira um plano de infraestruturas avaliado em US$ 1,2 trilhão e apoiado pelo presidente Joe Biden, após meses de negociações entre democratas e republicanos.

A proposta passou com 69 votos a favor e 30 contra. Caso se materialize, a iniciativa será o maior investimento em obras públicas no país em dez anos.

Antes de ser sancionado por Biden, o plano voltará à Câmara dos Representantes, onde nas últimas semanas recebeu críticas dentro do Partido Democrata por ficar aquém das expectativas.

O que propõe o plano

Esta proposta, que contempla cerca de US$ 550 bilhões em novos gastos, é substancialmente menor do que o plano apresentado inicialmente por Biden, em março, por US$ 2,25 trilhões.

Especificamente, o pacote propõe mais de US$ 110 bilhões para reparar estradas e pontes, e US$ 66 bilhões para o transporte ferroviário de passageiros e de mercadorias. Este último investimento será a maior injeção de recursos na rede ferroviária do país em meio século.

A verba também destina US$ 55 bilhões para resolver problemas de abastecimento de água, como a substituição de todos os encanamentos de chumbo, e US$ 65 bilhões para modernizar a rede elétrica. Também serão destinados bilhões para reabilitar valas de irrigação, reformar aeroportos e expandir o acesso à banda larga.

A proposta é melhorar o acesso à internet no país, aumentando a conectividade de regiões e com auxílios a famílias de baixa renda para pagar pela conexão à internet de alta velocidade - um debate que ganhou relevância no país com a pandemia, quando os cidadãos passaram a depender mais da internet no seu cotidiano.

O texto legislativo ainda foca na luta contra as mudanças climáticas e dedica US$ 7,5 bilhões à criação de uma rede de estações de carregamento de veículos elétricos nos EUA, uma das prioridades de Biden.

Nesta seção, o plano fornece US$ 47 bilhões para responder a incêndios, secas, erosão da costa e ondas de calor, entre outros fenômenos.

Esta proposta de infraestruturas só deverá chegar à Câmara dos Representantes no outono (do hemisfério norte), uma vez que a instituição está em recesso durante o mês de agosto.

Proposta de orçamento

Além disso, a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, prometeu que não aprovará este projeto de lei até que o Senado dê luz verde à iniciativa orçamentária de seu partido, de US$ 3,5 trilhões, que inclui um plano de despesas sociais, a segunda parte do que os progressistas chamam de infraestruturas.

Os democratas do Senado pretendem aprovar a iniciativa orçamentária o mais rapidamente possível, nesta semana, através de um mecanismo chamado de reconciliação, que permitiria aprová-la por maioria simples em vez de depender do voto favorável de pelo menos dez republicanos no Senado.

Os progressistas querem utilizar esse mecanismo devido à sua pequena maioria no Senado de 50 assentos (os republicanos também têm 50 lugares) mais o voto de desempate da vice-presidente do país, Kamala Harris, que em virtude da sua posição é presidente do Senado.

Antes da votação da iniciativa, o Senado será palco de uma maratona de votações sobre alterações a esse texto, que deverá durar pelo menos até a meia-noite de quarta-feira. Assim que o pacote de infraestruturas foi aprovado, os senadores começaram a votar para iniciar o debate sobre o plano orçamentário.

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