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Obama caminha até o Salão Oval da Casa Branca, em Washington: presidente fez novo alerta sobre o risco de moratória | Kevin Lamarque/Reuters
Obama caminha até o Salão Oval da Casa Branca, em Washington: presidente fez novo alerta sobre o risco de moratória| Foto: Kevin Lamarque/Reuters

Percalço

Reunião de líderes congressistas com Obama foi adiada

Os republicanos sofreram um baque nas pesquisas de opinião desde que o impasse fiscal começou e alguns integrantes do partido se preocupam que isso possa prejudicar as chances de ganhar o controle do Senado nas eleições legislativas do próximo ano.

A Casa Branca adiou uma reunião que estava marcada para as 15 h (16 h, horário de Brasília) de ontem com líderes congressistas para dar aos negociadores mais tempo para chegar a um acordo.

O Departamento do Tesouro diz que não pode garantir que o governo dos EUA conseguirá pagar suas dívidas depois de 17 de outubro, caso o Congresso não eleve o teto da dívida.

Não está claro se o Congresso conseguirá cumprir o prazo de 17 de outubro. Mesmo se republicanos e democratas no Senado alcançarem um acordo nesta segunda-feira, parlamentares de linha-dura, como o senador republicano do Texas Ted Cruz, podem explorar o regimento do Senado para adiar a votação por vários dias.

Incerteza

O calote do governo dos EUA ocorrerá na quinta-feira e ainda não está claro se o Congresso americano conseguirá votar o aumento do teto da dívida até lá. A oposição de qualquer um dos senadores republicanos pode adiar a votação para sexta-feira, na melhor das hipóteses.

Senadores dos Estados U­ni­­dos disseram ontem que estão mais perto de fechar um acordo para viabilizar a reabertura dos órgãos públicos federais e adiar cerca de três meses uma possível moratória da dívida norte-americana. Porém, há vários obstáculos que precisam ser superados antes de quinta-feira, data marcada para o calote do governo.

Os líderes republicano e democrata no Senado se disseram otimistas com a perspectiva de que um acordo será fechado para aumentar o teto da dívida e reabrir o governo dos EUA, parcialmente paralisado há 14 dias.

"Estou muito otimista de que nós vamos chegar a um acordo que seja razoável nesta semana", disse o líder democrata, Harry Reid, no plenário do Senado. Até o fechamento desta edição, os congressistas continuavam em negociações.

Uma das dificuldades, por exemplo, é a oposição de qualquer um dos senadores republicanos – basta um para adiar a votação para sexta-feira, na melhor das hipóteses.

O plano em discussão elevaria o teto da dívida, atualmente de 16,7 trilhões de dólares, o suficiente para cobrir as necessidades de empréstimo do país até pelo menos meados de fevereiro de 2014, de acordo com uma fonte familiarizada com as negociações.

O plano também garantiria o financiamento das operações do governo até meados de janeiro, mantendo o corte generalizado dos gastos, o chamado sequestro, que começou a valer em março. Além disso, o plano prevê uma nova rodada de negociações orçamentárias até o fim do ano.

Qualquer acordo definido no Senado ainda precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados, onde republicanos conservadores condicionam as medidas à redução de gastos públicos, inclusive do programa de saúde pública conhecido como Obamacare, algo que os democratas rejeitam.

O acordo em discussão no Senado não resolve discordâncias sobre os gastos no longo prazo e no programa de saúde, que foram o estopim do impasse fiscal nos EUA. Para que seja aprovado, os republicanos teriam então de recuar.

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