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Um grupo bipartidário de senadores americanos apresentou na quarta-feira um projeto de resolução contra o plano do presidente George W. Bush de enviar mais 21 mil soldados ao Iraque. De acordo com a proposta redigida pelos democratas Joseph Biden e Carl Levin e pelo republicano Chuck Hagel a medida "não é do interesse dos Estados Unidos".

"Os Estados Unidos deveriam transferir, com base num cronograma adequadamente rápido, a responsabilidade da segurança interna e da luta contra a violência sectária ao governo do Iraque", diz o texto.

O projeto pede ainda um maior compromisso dos países do Oriente Médio num processo de paz e reconciliação para o Iraque.

— Farei tudo ao meu alcance para impedir a política que o presidente anunciou — disse o republicano Hagel.

A resolução pode ser votada na próxima terça-feira. Apesar de ser não vinculante — o governo não é obrigado a segui-la — é vista como uma séria reprimenda à política do país em relação ao Iraque. Além disso, obrigará os republicanos a se manifestarem em relação à nova e impopular estratégia da Casa Branca para o conflito, o que pode deixar Bush ainda mais isolado.

Tony Snow, porta-voz da Casa Branca, disse que Bush se reuniria na tarde de quarta-feira com a bancada republicana para uma "sincera troca de visões" sobre a nova estratégia. Ele não citou nomes nem quantos parlamentares foram convidados à reunião vespertina, mas afirmou que "provavelmente todos ali estão pelo menos céticos" sobre o envio de 21.500 soldados a mais para tentar estabilizar Bagdá e Anbar.

Nesta quarta-feira, o Exército americano anunciou a morte de dois de seus soldados em operações de combate na província de al-Anbar, no oeste do Iraque, elevando para 3.020 o número de militares americanos falecidos no Iraque desde o iníco da invasão do país por tropas internacionais lideradas pelos EUA, em março de 2003.

Um dia após o banho de sangue que deixou mais de 100 mortos em Bagdá, a Polícia iraquiana informou a descoberta de pelo menos 30 cadáveres com marcas de bala na capital. Além disso, foi registrado um ataque com bombas na rua Haifa, no centro da capital, que não deixou vítimas.

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