São Paulo Pouco depois que o Pentágono admitiu pela primeira vez que o conflito no Iraque constitui uma guerra civil, o Senado dos Estados Unidos rejeitou ontem, após semanas de discussões, uma lei que propunha a retirada das tropas americanas do combate até março de 2008.
Com 50 votos contra e 48 votos a favor, a medida foi reprovada nesta Casa para a aprovação, seriam necessários 60 votos a favor.
A medida não fazia exigências, mas sugeria o prazo de cerca de 12 meses para a volta dos soldados em combate no Iraque para os EUA. Ela foi divulgada na última semana, e imediatamente levou a Casa Branca a ameaçar vetar a proposta.
Apesar do fracasso da medida, a discussão da lei impõe mais um golpe contra o presidente George W. Bush e sua estratégia cada vez mais impopular para a guerra do Iraque. Bush se recusa a fixar um prazo para a retirada das tropas.
Para a Casa Branca, a resolução "viola a autoridade constitucional do presidente como comandante-em-chefe das Forças Armadas ao impor um prazo artificial para a retirada das tropas americanas do Iraque, sem levar em consideração as condições do combate e as conseqüências da derrota".
Câmara
Na Câmara dos Representantes, a oposição à guerra no Iraque alcançou uma vitória ontem. No Comitê de Apropriações da Câmara, a votação sobre uma proposta similar à do Senado sobre a retirada das tropas americanas do Iraque foi aprovada por 36 votos a favor e 28 contra.
-
Congresso impõe derrotas ao governo, dá recado ao STF e reafirma sua autonomia
-
Humilhação e traições: derrota histórica de Lula no Congresso; acompanhe o Sem Rodeios
-
Governo Lula tem pior nível de aprovação desde o início do mandato, aponta pesquisa
-
É difícil fazer negócios aqui: ranking põe Brasil entre as economias mais complexas do mundo
Deixe sua opinião