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O Senado da Rússia vota nesta quarta-feira(26) um projeto de lei que proíbe a adoção de crianças russas por parte de famílias dos Estados Unidos que já foi aprovado quase por unanimidade na Duma (Câmara dos Deputados).

A iniciativa, como disseram seus criadores, é uma resposta à aprovação nos EUA da "Lei Magnitski", que impõe restrições a funcionários russos pela morte em prisão preventiva do advogado russo Sergei Magnitski.

A "Lei Antimagnitski", como alguns veículos de imprensa locais chamaram a proibição de adoções de crianças russas por americanos, foi criticada duramente pela oposição e gerou fortes discussões dentro do governo.

A vice-primeira-ministra responsável por Assuntos Sociais, Olga Golodets, advertiu que o projeto de lei contradiz várias leis e atas internacionais, como a Convenção sobre os Direitos da Criança. Sobre este ponto também chamaram a atenção o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e outros membros do governo.

Já o presidente russo, Vladimir Putin, declarou na semana passada, em sua entrevista coletiva anual, que entende e considera adequada a iniciativa dos deputados, o que leva a crer que promulgará o projeto.

O chefe do Kremlin acusa os EUA de descumprir o acordo bilateral sobre adoções e denunciou a morte de várias crianças russas adotadas por pais norte-americanos devido a maus tratos.

Segundo uma pesquisa divulgada ontem por um instituto russo, 56% dos cidadãos do país apoiam a proibição, que gerou criticas da comunidade internacional.

A Igreja Ortodoxa Russa também apoia a iniciativa, por considerar que responde ao desejo do povo russo de deixar de "vender as crianças para o exterior" e que "as crianças fiquem na Rússia". EFE

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