Senador dos EUA questionará Paquistão sobre Bin Laden

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O senador norte-americano John Kerry irá pressionar líderes do Paquistão por respostas sobre Osama bin Laden em conversas na segunda-feira, mas ele terá um papel decisivo para garantir que o ataque secreto que matou Bin Laden não mine a vital cooperação de segurança entre os dois países.

Forças especiais de segurança dos Estados Unidos encontraram e mataram o líder da Al-Qaeda na cidade de Abbottabad, 50 quilômetros ao norte de Islamabad, em 2 de maio.

A descoberta de Bin Laden vivendo confortavelmente em uma casa perto de bases militares do Paquistão renovou suspeitas de que agências de segurança paquistanesas sabiam onde ele estava.

O Paquistão saudou a morte de Bin Laden como um grande passo contra sua militância.

Mas o ataque secreto dos EUA tem sido condenado como uma violação à soberania do Paquistão que embaraçou os militares.

Oficiais militares dizem que isso causou uma quebra de confiança que poderia atrapalhar a cooperação de segurança entre EUA e Paquistão.

O Paquistão pode ser um aliado delicado, mas é vital para os esforços dos EUA de combate aos militantes islamitas e ao trabalho de estabilização do Afeganistão, onde as forças norte-americanas dependem do abastecimento, pelos paquistaneses, de água, comida, combustível e outros itens essenciais.

O senador norte-americano Kerry disse a repórteres no Afeganistão no domingo que terá uma série de "discussões importantes" em Islamabad na segunda-feira.

Kerry é visto há tempos como simpatizante com o Paquistão, mas disse a jornalistas em Cabul que a relação entre Washington e Islamabad atingiu um momento crítico.

"É justo dizer que alguns dos meus colegas na Casa Branca e no Senado têm sérias reservas sobre o comprometimento ou não do Paquistão com os mesmos objetivos, e estamos preparados para uma parceria completa para buscarmos esses objetivos", disse ele.

A administração do presidente norte-americano Barack Obama não acusou o Paquistão de cumplicidade em esconder Bin Laden, mas disse que o líder da al Qaeda precisa ter tido algum tipo de apoio logístico para permanecer escondido.