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A então senadora Piedad Córdoba conversa com o comandante das Farc Raul Reyes, morto em 2008 | Jorge Enrique Botero/AFP/El Tiempo
A então senadora Piedad Córdoba conversa com o comandante das Farc Raul Reyes, morto em 2008| Foto: Jorge Enrique Botero/AFP/El Tiempo

Bogotá - A Procuradoria-Geral da Colôm­­bia (equivalente ao Ministério Pú­­blico) destituiu do cargo e inabilitou por 18 anos a senadora Piedad Córdoba, do Partido Liberal, por promover e colaborar com a guerrilha Forças Armadas Revolucio­­nárias da Colômbia (Farc).

A senadora tem direito a apresentar um recurso ao mesmo procurador. O advogado da senadora, Ciro Quirós, disse aos jornalistas que tomará "as ações pertinentes, com vistas a deixar sem efeito" a sanção.

Piedad Córdoba pertence ao Partido Liberal, que faz oposição ao presidente Álvaro Uribe, e defende uma saída negociada para o conflito interno vivido pe­­la Colômbia há mais de 40 anos.

Ela foi mediadora ante as Farc para a libertação unilateral por parte da guerrilha de uma dezena de sequestrados nos últimos anos. Ela participou das libertações unilaterais, em 28 e 30 de março, do soldado Josué Daniel Calvo e do sargento Pablo Emilio Mon­­cayo – sendo que o último havia sido sequestrado havia mais de 12 anos. Também colaborou na en­­trega dos restos mortais do capitão de polícia Julián Guevara, cap­­turado em 1998 e morto em cativeiro em 2006.

As três iniciativas contaram com o apoio do governo brasileiro, que forneceu helicópteros de sua Força Aérea – bem como a tri­­­­­­pulação responsável pelas ae­­ro­­na­­­­­­ves – a fim de possibilitar as operações. Anteriormente, no iní­­cio de 2009, o país já tinha participado de ação semelhante, que culminou na libertação de seis re­­féns.

A investigação começou a partir de documentos encontrados nos computadores do ex-porta-voz internacional das Farc Luis Edgar Devia, conhecido como "Raúl Reyes", que foi morto em um ataque do exército colombiano no Equa­­dor, em 1.º de março de 2008.

A partir da informação ob­­tida, "foi possível estabelecer que na troca de documentos en­­tre o grupo guerrilheiro e a senadora – nos quais ela se identificou como "Teodora", "Teodora de Bolívar", "La Ne­­gra" e "La Negrita" –, a parlamentar ex­­trapolou suas funções, as­­sim como na autorização dada pe­­lo governo para gerenciar o intercâmbio hu­­manitário, se­­gundo a procuradoria.

Morte

As Farc confirmaram ontem a morte de seu chefe militar e número dois da guerrilha, Jor­­ge Briceño ou "Mono Jojoy", em um comunicado do co­­man­­do central divulgado na internet. A guerrilha também anun­­ciou como novo líder Fé­­lix An­­tonio Muñoz Lascarro, conhecido como Pastor Alape ou José Lisandro Lascarro.

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