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John Galliano na saída do tribunal em que prestou depoimento, em Paris | Bertrand Guay/AFP
John Galliano na saída do tribunal em que prestou depoimento, em Paris| Foto: Bertrand Guay/AFP

Paris - A sentença sobre a conduta do estilista britânico John Galliano, ex-astro da casa Dior julgado por insultos antissemitas e raciais, será proferida em 8 de setembro, anunciou ontem o Tribunal Cor­­recional de Paris.

Galliano foi levado a julgamento ontem por declarações antissemitas feitas no interior de um café em Paris. As declarações do estilista chocaram o mundo da moda e custaram a ele seu em­­prego na famosa casa de moda francesa.

"Gostaria de apresentar mi­­nhas desculpas ao tribunal e às vítimas por meu comportamento, que provocou tanta tristeza", declarou Galliano. "Sempre con­­denei o racismo e o antissemitismo, que não têm espaço na nossa sociedade", concluiu.

O estilista reconheceu sua "tripla dependência" ao álcool, a remédios para dormir e ao Valium.

Galliano foi escoltado para a primeira fileira de assentos do tribunal do Palácio da Justiça, sentando-se perto de um intérprete ao enfrentar três juízes que decidirão seu futuro.

Um casal afirma que Galliano fez comentários antissemitas para eles em um café de Paris em fevereiro. Galliano foi levado pela polícia para interrogatório. Um teste provou que ele estava bêbado durante o episódio.

Outra mulher fez acusações semelhantes a respeito de um outro incidente que teria acontecido no mesmo café em outubro do ano passado. As duas acusações fazem parte do processo.

Dias antes do incidente, ocorrido em fevereiro, um vídeo postado no site do tabloide britânico The Sun mostrou Galliano, embriagado, insultando um cliente do café e gritando "eu amo Hitler".

Seu advogado, Aurelien Ha­­melle, disse à agência Associated Press nesta semana que os co­­mentários do estilista foram "equivocados e prejudiciais", mas os atribuiu à dependência de Galliano ao álcool e a remédios.

Galliano publicou recentemente um comunicado no qual dizia que "o antissemitismo e o racismo não têm lugar em nossa sociedade. De forma incondicional, eu peço desculpas por meu comportamento". Ele também disse que está "buscando ajuda" para suas falhas pessoais e que passou dois meses em uma clínica de reabilitação nos Estados Unidos.

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