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Os sequestradores de mais de 40 reféns na Argélia pediram nesta quarta-feira (16) às Forças Armadas do país que se retirem das imediações da usina de extração de gás para começar as negociações, em entrevista à rede de televisão catariana "Al Jazeera".

"Pedimos ao exército argelino que se retire para abrir as negociações sobre os reféns", disse um dos sequestradores, identificado como Abu al Bara, em um contato telefônico com o canal por satélite.

Abu al Bara informou que os sequestradores pedem uma troca de presos pelos reféns e assinalou que sua atuação é "uma mensagem política para a Argélia sobre sua postura em relação aos mujahedins (guerreiros santos), que é também uma mensagem aos países vizinhos".

O sequestrador acrescentou que estão sob seu poder 41 pessoas, de várias nacionalidades, como franceses, americanos, britânicos, japoneses, coreanos do sul, noruegueses, colombianos, tailandeses, holandeses e romenos.

Além disso, Bara disse que durante uma intervenção ontem as Forças Armadas argelinas atiraram e feriram alguns dos reféns.

Um dos mandantes do sequestro disse hoje à agência privada mauritana "ANI": "mataremos todos os reféns caso as forças do exército argelino fazer uma ofensiva no local do sequestro".

Um grupo radical próximo à Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) e dirigido pelo argelino Mojtar Belmojtar, assumiu a autoria do sequestro na usina de gás, situada em Ain Amenas, próxima à fronteira da Argélia com a Líbia.

Após as declarações à "Al Jazeera", Abu al Bara deu passagem a três reféns que fizeram um apelo para que se iniciem negociações para sua libertação.

"Pedimos negociações para evitar mais perdas humanas", disse um dos reféns, identificado como Dick. Outro dos sequestrados, um irlandês chamado Steven, afirmou que a situação está se deteriorando.

"Entramos em contato com várias embaixadas e pedimos ao exército argelino que se retire e negocie com os sequestradores", solicitou.

Um refém, o japonês identificado como Hatoshi Kia, ferido ontem por supostos tiros do exército argelino enquanto viajava com o resto de sequestrados em um microônibus, disse que há um norueguês que também foi ferido.

"Meu estado não é mau agora", disse o sequestrado japonês.

Na madrugada de ontem, o grupo de sequestradores assaltou a estação de gás operada pela argelina Sonatrach, a britânica British Petroleum (BP) e a norueguesa Statoil. EFE

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