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Policiais e equipes de resgate aguardam o momento de agir logo após aterrissagem do Boeing 737, na Cidade do México: oito supostos sequestradores foram presos após alerta falso de bomba na aeronave | Daniel Aguilar/Reuters
Policiais e equipes de resgate aguardam o momento de agir logo após aterrissagem do Boeing 737, na Cidade do México: oito supostos sequestradores foram presos após alerta falso de bomba na aeronave| Foto: Daniel Aguilar/Reuters
  • Três dos oito sequestradores: falsa bomba colada ao corpo

Cidade do México - Um avião da Aeromexico que fa­­zia a rota Cancún-Cidade do Mé­­xico foi sequestrado ontem por cerca de uma hora ao aterrissar no aeroporto da capital mexicana, em caso envolto em uma nuvem de incerteza.

Os 104 passageiros e os oito tripulantes do voo 576 da companhia mexicana foram libertados assim que forças de segurança che­­garam ao local e invadiram o avião sem disparar, segundo relatos, um único tiro.

Momentos mais tarde, oito su­­postos sequestradores, cujas motivações e nacionalidades eram ainda desconhecidas ontem à noite, foram retirados da aeronave algemados pelos soldados.

"O governo da República declara (a situação) sob controle’’, disse o ministro de Comunicações e Transportes do México, Juan Mo­­linar Horcasitas, após a rápida operação. "Os passageiros foram libertados sãos e salvos, e não há bomba’’, disse, em referência a relatos de que um dos sequestradores possuía um pacote similar a um explosivo – outro tinha uma Bíblia.

A Procuradoria-Geral da República anunciou a abertura de investigação do caso, mas não deu in­­formações sobre quais pessoas poderão ser acusadas.

"Várias pessoas que participaram da ação foram detidas, e nós estamos investigando’’, limitou-se a informar Molinar.

Nacionalidade

Meios de comunicação mexicanos inicialmente noticiaram que os sequestradores – todos desarmados, ainda segundo relatos – eram bolivianos e exi­­giam falar com o presidente me­­xicano, Felipe Cal­­derón.

O embaixador bo­­liviano no México, Jor­­ge Mancilla, disse, porém, que as autoridades mexicanas não tinham embasamento para afirmar que os supostos sequestradores do avião eram provenientes da Bolívia.

Mancilla relatou ainda ter recebido de fonte não especificada a informação de que os homens detidos poderiam ser colombianos ou venezuelanos.

Passageiros do voo, por sua vez, negaram que os homens que se identificaram como os sequestradores tivessem sotaques diferentes do mexicano.

Segundo os presentes ao voo, o sequestro foi anunciado pelo piloto apenas após a aterrissagem do Boeing 737 no Aeroporto Benito Juarez, na capital mexicana. E em nenhum momento os sequestradores dirigiram-se diretamente a passageiros.

"Foram momentos assustadores’’, disse à tevê Televisa a passageira Rocío García, que descreveu um dos sequestradores como um homem mais velho e bem vestido. "Ele parecia normal, como qualquer um.’’

"Nos inteiramos no momento da aterrissagem, nos informaram por rádio que o avião havia sido tomado por um passageiro. Foi muito tranquilo, não houve ar­­mas, não houve disparos’’, afirmou Rodrigo Padilla.

De acordo com o ministro de Comunicações e Transportes, em nenhum momento os criminosos tiveram acesso à cabine do avião. Não foram dadas informações sobre como a tripulação haveria sido rendida.

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