A Sérvia ordenou nesta sexta-feira (10) a expulsão do embaixador da Macedônia no país, Aleksandar Valilevski, um dia depois de o governo macedonio ter reconhecido a independência do Kosovo, anunciou um porta-voz do ministério sérvio de Relações Exteriores.
Nesta quinta-feira (9), os governos de Montenegro e da Macedônia haviam reconhecido a independência de Kosovo.
Os reconhecimentos ocorreram um dia depois de a Assembléia Geral da ONU ter apoiado a iniciativa da Sérvia para que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) se pronuncie sobre a legalidade da proclamação unilateral da independência, ocorrida em fevereiro.
A sérvia, que considera o Kosovo sua província e parte inalienável de seu território, acredita que, com o apoio da maioria dos países da ONU, seria difícil justificar novos reconhecimentos, e anunciou medidas contra os vizinhos que, apesar disso, optarem por dar esse passo.
Montenegro Nos últimos dias, as autoridades montenegrinas tinham cogitado fazer esse reconhecimento, ao dizer que "o Kosovo é uma realidade e não temos o direito de fechar os olhos para esse fato".
Ao tomar conhecimento da posição de Montenegro favorável ao reconhecimento do Kosovo, a Sérvia afirmou que encararia a atitude como uma "punhalada nas costas" por parte do país vizinho, com quem formava, até dois anos atrás, um Estado comum. A Sérvia pediu ao embaixador de Montenegro em Belgrado que abandone o país, segundo o ministro sérvio de Relações Exteriores, Vuk Jeremic.
O Parlamento montenegrino aprovou, no último dia 3, uma resolução para acelerar o processo de sua integração na União Européia (UE) e na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que então foi interpretado como um passo em direção ao reconhecimento do Kosovo, embora a oposição tenha rejeitado essa possibilidade.
-
Entenda o papel da comissão do Congresso dos EUA que revelou os pedidos sigilosos de Moraes
-
Resumão da semana: Tio Paulo e a semana em que o Brasil enlouqueceu de vez
-
Lula chama Moraes para jantar e falar sobre um tal de Elon Musk
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Deixe sua opinião