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Produtores rurais da província de Buenos Aires, segundo maior distrito agrícola da Argentina, realizaram um protesto na terça-feira para evitar que o Congresso local aprove um novo imposto que aprofundaria a tensão entre o governo federal e o setor.

Os produtores argumentam que não estão em condições de pagar mais impostos após a forte seca que afetou o país no último ano. A Argentina é um dos principais exportadores mundiais de alimentos.

Mas a delicada situação das contas públicas de Buenos Aires --a província mais rica, porém de maior população-- levou o governador Daniel Scioli, um forte aliado da presidente Cristina Fernández de Kirchner, a propor a alta do imposto.

A mudança já foi aprovada pela Câmara de Deputados e na quarta-feira passará pelo Senado da província.

"Estão querendo tirar mais recursos de uma vaca magra, porque toda a província de Buenos Aires está muito mal, tivemos colheitas ruins, uma seca feroz", disse Eduardo Buzzi, presidente da Federação Agrária Argentina (FAA), uma das associações rurais em disputa com o governo de Cristina.

Ante a falta de recursos devido à desaceleração da economia, o governador Scioli quer que o Parlamento aprove rapidamente o projeto, que eleva os impostos sobre a terra e sobre a exportação e importação de bens através dos portos provinciais.

Embaixo de uma intensa chuva, centenas de produtores se reuniram na terça-feira na capital de Buenos Aires, La Plata, para realizar o protesto.

O setor agrário está em forte disputa com o governo. No ano passado, os meses de paralisações comerciais e bloqueios realizados pelos produtores contra uma alta do imposto proposta pelo governo federal afundaram a presidente em uma forte crise política.

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