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O Departamento de Estado americano anunciou nesta sexta-feira (11) que o sexteto - formado pelos governos dos EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia, China e Alemanha - aceitou a nova oferta de diálogo apresentada pelo Irã na quarta-feira (09), mas insistiu em que o programa nuclear desenvolvido por Teerã deve fazer parte das discussões.

Mojtaba Samareh Hashemi, principal assessor de Ahmadinejad, revelou que na oferta enviada ao sexteto o Irã propôs a criação de um sistema de controle mundial para eliminar as armas nucleares, mas não fez referência ao programa iraniano.

Para o porta-voz do Departamento de Estado, P. J. Crowley, a proposta iraniana de diálogo é frustrante, mas representa uma chance importante de início de conversações diretas com o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

O governo iraniano tem se negado a dar detalhes sobre seu programa nuclear à comunidade internacional. Para os EUA e outros países ocidentais, Teerã busca obter a capacidade de produzir armas atômicas. O Irã assegura que suas usinas atômicas têm fins estritamente pacíficos de geração de energia elétrica.

Segundo Crowley, o fato de o Irã não fazer referência direta a um diálogo sobre seu programa nuclear não é razão suficiente para que o Ocidente não aceite estabelecer contato.

Ele vê na oferta iraniana de diálogo sinais suficientes de que Teerã estará empenhado em construir um diálogo diplomático, apesar da falta de referência explícita a seu programa nuclear.

"Estamos tentando uma reunião porque sentimos que este é o único caminho para resolver este assunto", disse Crowley. "Esperamos que a reunião ocorra no prazo mais curto possível. Se tivermos o diálogo, tentaremos trazer à tona as questões nucleares" com o Irã.

Segundo Crowley, não se trata de "reunir-se por reunir-se. O encontro deve ser capaz de revelar se o Irã está interessado em engajar-se conosco nestes assuntos". "A linguagem da carta (enviada por Teerã) mostra que o governo iraniano está empenhado em iniciar o diálogo", disse ele. As informações são da Associated Press.

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