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O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, pode ficar em estado vegetativo, segundo um especialista citado nesta segunda-feira pelo jornal israelense "Haaretz". O premier está inconsciente há duas semanas devido a um grave derrame cerebral e permanece conectado a um aparelho de respiração artificial.

O médico, não identificado, é especialista em cuidados intensivos e em estado de coma, ao qual Sharon foi induzido pelos profissionais que o atendem e que agora tentam acordá-lo retirando os sedativos - até agora sem êxito.

- Poucas pessoas da idade de Sharon (que completa 78 anos em fevereiro) voltaram ao estado de consciência depois de uma hemorragia grave como a sofrida pelo primeiro-ministro, especialmente depois de três operações - disse o especialista ao "Haaretz".

Depois de suspender os sedativos, os cirurgiões do Hospital Hadassah voltaram a anestesiar Sharon para submetê-lo a uma traqueostomia, com o objetivo de facilitar sua respiração e evitar a dependência de equipamentos médicos.

Segundo o médico ouvido pelo jornal israelense, se na próxima semana Sharon continuar insconsciente e ligado ao aparelho de respiração, poderá se dizer que ele passou para um estado vegetativo.

Os cirurgiões que trataram do premier, Felix Umansky e José Cohen, mostraram-se otimistas na semana passada sobre uma possível e próxima reversão do coma. Até o momento, no entanto, Sharon só respondeu a estímulos com movimentos de suas extremidades.

As últimas tomografias do cérebro do líder israelense indicam que seu estado permanece grave e estável. São normais os parâmetros médicos: não há mais hemorragias e não há infecções.

Quando tem de falar com parentes de um paciente em situação similar, o especialista comentou que diz que o doente não vai recuperar plenamente a consciência.

- Talvez poderá respirar sozinho, sem assistência, mas ficará gravemente incapacitado - completou.

No Ministério da Saúde, não se descarta a possiblidade de uma investigação sobre o tratamento médico dispensado e as intervenções cirúrgicas a que Sharon foi submetido. Os profissionais que o atendem, no entanto, só vão responder a perguntas da imprensa se houver uma mudança no quadro de Sharon, segundo o porta-voz do Hadassah, Ron Krumer.

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