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Jerusalém (Reuters) – O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, começou a respirar por conta própria e se movimentou ligeiramente ontem, mas continuava em estado crítico, segundo os médicos do hospital Hadassah, em Jerusalém. A reação foi notada depois de iniciados os procedimentos para reanimar o paciente, que passou por três cirurgias na cabeça após um grave derrame cerebral sofrido na quarta-feira passada.

Só depois de os medicamentes usados para induzir Sharon ao coma perderem o efeito é que será possível avaliar com precisão a conseqüências do derrame, segundo os especialistas. O diretor do hospital, Shlomo Mor Yosef, disse que, embora as reações sejam "cada vez mais significativas" conforme a sedação diminui, Sharon continua inconsciente.

"Ele ainda está conectado aos respiradores que o ajudam, mas o primeiro-ministro está respirando espontaneamente", disse Mor Yosef. "Este é o primeiro sinal de algum tipo de atividade no seu cérebro." Posteriormente, o médico disse que Sharon reagiu a estímulos à dor, levantando o braço e a perna direitos.

Os médicos de Sharon dizem que há boas chances de que ele sobreviva, mas é consenso que o líder israelense não terá condições de retomar a carreira política, uma arena que dominou como ninguém desde David Ben-Gurion, primeiro-ministro na época da criação de Israel.

"Não podemos dizer que ele está fora de perigo", disse o cirurgião Felix Umansky, acrescentando que Sharon não abriu os olhos desde que sofreu o derrame, há cinco dias.

Esperança

Por outro lado, muitos israelenses ficaram animados com as notícias de ontem. Para grande parte da população, Sharon, aos 77 anos, é a única pessoa que pode encerrar o conflito com os palestinos. Duas crianças foram com um tio ao hospital para deixar um cartaz no qual se lia: "Ariel Sharon, por favor acorde."

Novos exames devem ocorrer nos próximos dias. O processo de retirar Sharon da sedação é importante para avaliar até que ponto suas faculdades foram afetadas e suas chances de sobrevivência. Mas especialistas dizem que não há garantia de que ele saia da anestesia. Se, após os exames, os médicos declararem que Sharon está incapacitado, entregarão um laudo ao procurador-geral de Israel.

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