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Os médicos do Hospital Universitário Hadassah devem encerrar nesta quarta-feira o tratamento com sedativos que o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, tem recebido desde que sofreu um grave derrame cerebral, informou nesta quarta-feira o jornal israelense "Haaretz". Desde segunda-feira, a equipe médica está reduzindo gradualmente o nível de sedação de Sharon, que ainda não acordou do coma.

Na terça-feira, um dos anestesistas de Sharon, o médico Yoram Weiss, informou que a vida do primeiro-ministro não corre mais perigo imediato e ele mostra cada vez mais sinais de recuperação. Entretanto, pode levar dias até que a extensão dos danos cerebrais seja conhecida.

- Metaforicamente falando, nós retrocedemos cinco metros da beira do penhasco - disse Dr.Weiss.

A expectativa da equipe médica é poder checar os sinais de função cerebral quando o líder israelense sair do estado de coma.

Nesta terça, Sharon moveu o lado esquerdo do corpo pela primeira vez. Mas o diretor do hospital Hadassah, Shlomo Mor-Yosef, disse que mesmo apresentando progressos, o primeiro-ministro permanece em condição 'severa, crítica', uma semana após o derrame.

Os israelenses esperam ansiosos por notícias do líder, que muitos viram como a melhor esperança de paz com os palestinos, e comemoram cada sinal de que sua condição está melhorando, embora lentamente.

Mais cedo, Mor-Yosef disse que Sharon começou a respirar espontaneamente depois que os médicos reduziram o nível de sedação. O diretor, no entanto, ressaltou que ainda há a possibilidade de recolocá-lo em estado de coma induzido.

No pronunciamento realizado na manhã de segunda-feira, os médicos informaram que, por precaução, Sharon continuará ligado a respiradores artificiais. Segundo Mor-Yossef, a decisão de reduzir os anestésicos administrados a Sharon foi tomada depois do resultado do terceiro exame de tomografia cerebral, realizado no domingo.

O consenso entre os médicos é de que, mesmo que Sharon sobreviva, é improvável que ele possa voltar à política. Os médicos disseram que não há garantia de que o primeiro-ministro recupere a consciência mesmo quando a medicação que o mantém em coma for suspensa.

Uma bateria de exames realizada no sábado revelara uma "pequena melhora" no estado de saúde do premier. Sharon, de 77 anos, foi operado na sexta-feira para conter a hemorragia cerebral. Um dia antes, logo após sofrer o derrame, ele passara por duas cirurgias com o mesmo objetivo.

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